sexta-feira, 22 de junho de 2012

O acordo Lula-Maluf

Por Rui Martins Berna do site Direto da Redação.

Embora eu tenha operado as amígdalas e, recentemente, tenham me tirado a vesícula biliar, há uma coisa que não consigo fazer – é engolir sapo. E talvez, por isso, termine os poucos anos que me restam de militância como apartidário.

Ainda na semana passada, quando o ministro do Trabalho, neto do velho combatente Brizola, passava por Genebra, na Organização Internacional do Trabalho, um amigo tinha organizado uma feijoada com os companheiros do PT e me convidou não só para participar do encontro, como para aderir ao partido.

E eu, com aquela sinceridade e maneira direta capaz de chocar algumas pessoas, agradeci mas declinei da oferta: “meu caro, desde o dia em que deixei a igreja, prometi a mim mesmo, nunca mais pertencer a igreja ou partido. Nem acreditar em deus, seja qual for, e muito menos em líderes humanos, mesmo porque, no fundo sou um rebelde e nunca aceitaria ter de aceitar uma decisão com a qual não concorde”. Continua...

Leia também: Foi a política que mudou ou foi o PT? - O mico que Lula pagou na foto com Maluf. 
 

Um comentário:

Unknown disse...

Todo mundo tem direito de expor o contraditório, inclusive quando se refere as posições do eleitor mais importante desse país atualmente,o ex-presidente Lula, que gosta de fazer política e a direita o odeia por conta disso. Contudo não sei como algumas pessoas encaram a vida real, principalmente no campo da política. Parece até que a atividade política pra essas pessoas é apenas um capricho; um espaço privilegiado para aguçar um certo narcisismo; nem sei também pra que esse povo se debruça sobre a literatura a respeito, e se fartam de títulos por aí a fora. Não adianta ter um conceito e uma visão idílica da política, ela é o que é. Não sou eu que digo isso. Um certo pensador italiano nos ensinou, lá no século XVI, e também não vou aqui explicar a complexidade que é a formação histórica desse país e as possibilidades de avanços tantas vezes abortadas. A esquerda chegou ao governo desse pais( não ao poder) pelo voto, aceitando o jogo eleitoral conservador produzido pela nossa história. Não foi ninguém que determinou o que aí esta; é a realidade colega. Pra encerrar, é bom lembrar que o PP é um partido da base governista, o Maluf já não tá com essa bola toda no partido e que antes o PSDB trabalhava pra tê-lo como aliado.