Em toda greve corre nos bastidores uma guerra da informação. Governo e sindicalistas travam uma luta para expor suas razões a fim de conquistar a opinião pública. Para respaldar suas posturas na aceitação popular são capazes de qualquer de coisa. Manipulam informações, distorcem os fatos e inventam estatísticas.
Como a máquina estatal tem mais influência sobre os meios de comunicação, a corda tende a arrebentar do lado mais fraco, isto é, do lado dos grevistas. Quando isso acontece, tentam impor-lhes o rótulo de gente "preguiçosa" ou descompromissada com o trabalho. No caso do Rio Grande do Norte, o enredo quase que se repetiu. Não fosse um fenômeno chamado Amanda Gurgel, a história seria a mesma.
O discurso da professora, no entanto, desarmou a estratégia do governo, deixando-o em maus lençóis. Ainda desnorteada, a gestão do DEM apostou num último recurso contra o movimento paredista. Em desespero, enviou o Chefe da Casa Civil à TV para que ele desmoralizasse Amanda e sua categoria. A tentativa, porém, mostrou-se fracassada. A resposta governista veio tarde demais. Naquele momento, a docente já estava blindada pela opinião pública.
O que se viu depois foi o prestígio do renomado jurista sucumbir face à incontestável desenvoltura da professora. No confronto entre o homem das leis e a profissional de sala de aula, prevaleceu o brilhantismo da educadora, que ao contrário de seu oponente, não se prestou ao papel de deturpar sua sapiência pela torpeza de argumentos espúrios.
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