terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cristovam: investir em estádios e não em educação é 'corrupção de prioridades'

Da Agência Senado.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) cobrou nesta segunda-feira (29) mais atenção do governo à área de educação. O senador criticou o desconhecimento, por parte do Ministério da Educação, do número de crianças que estão sem aulas em razão de greves por todo o Brasil e lamentou que o governo priorize áreas como o incentivo à indústria automobilística e a infraestrutura para a eventos esportivos, prática que definiu como "corrupção de prioridades".

- Quero dar aqui uma sugestão aos professores em greve: vão para a frente de cada estádio da Copa e coloquem uma faixa bem grande: este prédio é um exemplo de corrupção nas prioridades - sugeriu o senador, que considera que o dinheiro está sendo aplicado no benefício dos turistas, em detrimento dos brasileiros.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O desfile continua


Há poucos dias comentei neste blog que o TCE-RN tem lembrado com frequência dos políticos de Grossos devido aos indícios de irregularidades nas suas prestações de contas junto àquele órgão julgador. A lista com os nomes desses "notáveis" homens públicos já estava de bom tamanho, mas a Câmara Municipal também queria entrar pra história. Por isso, enviou o seu representante para o desfile na passarela do Tribunal. Essa participação, no entanto, não causou surpresa a ninguém, pois Legislativo e Executivo adotam a mesma falta de transparência na gestão dos recursos públicos. Com tanta semelhança, imaginem a ciumeira de um poder em relação ao outro se aquela corte não lembrasse de um deles. Em tempo, os ministros desviaram os holofotes para o parlamento grossense que, feliz com os seus 15 minutinhos de fama, manteve a harmonia no mundo das celebridades da política local.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alto custo da ignorância penaliza a sociedade

A educação potiguar adentrou mesmo numa "Era das Trevas". O sinal mais contundente desses tempos sombrios foi anunciado pela própria governadora durante a Ficro. Mostrando-se um pouco exaltada, ela insinuou no seu discurso que manter a UERN custa muito "caro" aos cofres públicos. Uma demonstração inequívoca do tipo de política educacional que o estado pretende levar adiante. Por esta orientação, a educação no RN deve definhar ainda mais nos pŕoximos anos, penalizando severamente a sociedade com o alto preço da ignorância. A relação que existe entre essa concepção reacionária e os prejuízos para a população foi muito bem destacada pelo jornalista Crispiniano Neto no artigo que reproduzo a seguir:

Só acha que custa caro gastar com educação quem não entende o custo da ignorância (extraído da coluna "Prosa e Verso" do De Fato)

Por mais respeito que possamos e devamos ter pela governadora Rosalba Ciarlini, não dá para engolir calado o seu "palpite infeliz" quanto ao fato de a Uern "custar" 500 mil reais por dia. Primeiro, a ideia de "custo", quando se fala de Educação, Saúde ou Segurança, é uma aberração. Essas políticas públicas são consideradas serviços essenciais, portanto, deveres do Estado, até mesmo pelos neoliberais mais empedernidos dos segmentos mais direitistas do seu farisaico DEM. Educação é investimento. Isso está em qualquer cartilha de ABC de educação política. Uma chefa de Estado se lamuriar de público pelos "custos" de uma universidade é doloroso. Pior ainda é saber que ela, a governadora, é chanceler dessa instituição que, dos seus duzentos e poucos dias de governo, está há mais de cem em greve, sem que ela demonstre a menor preocupação por isso. Age como que anestesiada, diante da dor pública.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A erotização precoce por meio das músicas

Por Erasmo Firmino do Blog do Tio Colorau.

Houve época em que as crianças se vestiam como adultos em miniatura. Os meninos de terno e as meninas de vestido. A descoberta das crianças pelo capitalismo trouxe-lhes hábitos próprios e vestimentas coloridas, com formatos condizentes com sua condição de criança. O que vemos na televisão hoje são crianças imitando adultos, incentivadas pelos pais e por apresentadores que acham isto bonitinho.

Nos canais abertos já vimos Mamonas Assassinas, Lady Gaga, “Rebolation”, Superman e Mulher Maravilha e tantos outros. Um desfile de imitações de marmanjos metidos a cantor que escondem por trás do jeitinho engraçadinho dos imitadores uma relação bizarra dos adultos com a infância.

Será que os pais um dia pararam para pensar o que os filhos estão imitando? O que diz as letras destas pseudomúsicas? Nem estou entrando no mérito da pobreza melódica. Estou me reportando ao tema abordado. Tomemos o conteúdo de uma música chamada “Rebolation”: “Alô minha galera, preste atenção: Rebolation é a nova sensação! Menino e menina, não fiquem de fora, que vai começar o pancadão. O swing é bom. Gostoso demais. Mulheres na frente, os homens atrás”.

Sem me referir à rima pobre, o que chama a atenção é o duplo sentido. O verso narra uma dança de baile funk com um apelo sexual implícito. E os pais acham bonitinho quando seus filhos rebolam isto.[...] Leia o artigo completo AQUI.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Conferência dos Aliados



O prefeito de Grossos reuniu as principais lideranças da situação para tratar da escolha de um nome que represente seu grupo político nas eleições de 2012. O encontro marca oficialmente o início de um debate interno que, diga-se de passagem, já começa com muito atraso, uma vez que a oposição dispõe há mais tempo de um forte candidato para concorrer à sucessão. 

Toda essa demora, porém, tem sua razão de ser. Ela pode ser reflexo de uma decisão que não contemple nenhum dos pré-candidatos que compareceram àquela reunião. Tal possibilidade aponta para a indicação de um nome que nem mesmo faça parte do leque de alianças do governo local.(ver detalhes AQUI)

Temerosos de que isto venha acontecer, os postulantes à unção do prefeito cuidaram logo de demonstrar o quanto estavam descontentes, o que forçou o chefe do executivo a chamá-los para uma conversa. Daí é que surgiu a primeira conferência dos aliados, muito mais para acalmá-los, alimentando-os com a falsa esperança de ser o escolhido, do que propriamente se chegar a um consenso para o próximo pleito.

domingo, 21 de agosto de 2011

O poder da blogosfera cresce e preocupa

Por Altamiro Borges do Blog do Miro.

Na sessão de ontem (19) do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Carmem Lúcia mostrou-se preocupada com o crescimento das redes sociais no país. Ela chegou a afirmar que a internet é “uma praça virtual que pode depor governos”. Vice-presidente do TSE, ela garantiu que o acompanhamento das redes sociais será um dos principais desafios do órgão nas eleições municipais de 2012.

O pronunciamento da ministra, que presidirá o TSE no próximo ano, confirma que a internet passou a incomodar as estruturas de poder. Alguns setores inclusive já pregam maiores restrições à liberdade na rede. O deputado tucano Eduardo Azeredo é autor de um projeto que aumenta o controle e a vigilância na internet – já batizado de AI-5 Digital. Na sua fala, a ministra do TSE enfatizou que nenhuma medida nesta área pode “comprometer a liberdade de expressão”. Mesmo assim, é bom ficar esperto!

21 milhões recorrem aos blogs

Da timidez

Por Luís Fernando Veríssimo.*

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar.

Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!", só para chamar a atenção.

Desigualdade














Por José Ribamar*

No vigésimo andar
Dum prédio de luxo,
Tirado dos sonhos
Da sociedade,
Num leito de culpas
Dorme um avarento
Respirando pura
Luxuosidade.

No térreo do prédio,
Do lado de fora,
Entregue ao descaso,
Exposto à maldade,
Cochila um mendigo
Nos braços da fome,
Nascida do ventre
Da desigualdade...

O dia amanhece,
O mendigo foge
Com medo do braço
Da hostilidade,
Deixando sinais
De um trapo de vida
Vivida sem chance
De dignidade...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ex-prefeito de Grossos é destaque em coluna de jornalista renomado

O jonalista e consultor político Gaudêncio Torquato reproduziu na sua coluna Porandubas do site Migalhas uma história que tem como personagem o ex-prefeito de Grossos Raimundo Pereira. A narrativa, extraída do livro "Só Rindo 2" do blogueiro Carlos Santos, lembra um episódio engraçado protagonizado por Raimundo e o então senador Agenor Maria, quando o primeiro reivindicava uma escola para a comunidade de Pernambuquinho. Leia abaixo o "causo" que Torquato fez questão de destacar na sua coluna:

"O passarinho do senador
Quando senador pelo RN, Agenor Maria (sindicalista rural, falecido em 1997), visitando o município de Grossos, foi interpelado pelo prefeito Raimundo Pereira. "Estamos precisando de uma escola para a comunidade de Pernambuquinho". De pronto, Agenor garantiu-lhe apoio à proposição. Semanas depois, um telegrama traz a boa-nova ao prefeito. "Escola está assegurada. Mande-me o croqui (esboço da obra)". Tomado pelo espírito de gratidão, Raimundo visita Agenor para agradecer o empenho, carregando uma gaiola à mão. Diante do senador, que estranha o acessório, Raimundo vai logo se explicando. "Eu não peguei um concriz como o senhor pediu, mas trouxe esse sabiá. O bichinho canta que é uma beleza!"


Leia também: "Só Rindo 2" tem histórias focalizadas em site nacional

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O mais importante é o que não foi dito

Artigo de Carlos Castilho publicado originalmente no blog Código Aberto e reproduzido pelo Observatório da Imprensa.

A declaração de princípios editoriais publicada pelas Organizações Globo neste final de semana deve ser analisada no seu contexto mais do que pelo seu conteúdo. Isto implica um exercício um pouco mais complicado do que a mera interpretação de um texto que, tirando algumas referências à internet, poderia ter sido publicado há 10 ou 20 anos.

O documento produzido pelos diretores da área jornalística reproduz o discurso convencional em matéria de definições, normas, procedimentos e valores da prática do jornalismo com exceção da parte relativa à participação do público na produção de notícias. Neste item o texto deixa em aberto a possibilidade do jornalismo ser praticado por amadores, o que pode criar atritos com os sindicatos da categoria.

Há vários outros pontos onde provavelmente surgirão debates acalorados sobre como, quando e com que objetivos deve ser exercido o jornalismo. Mas o mais importante não consta do texto do documento. É a conjuntura na qual a atividade jornalística está sendo exercida depois do início da revolução tecnológica, responsável pela avalancha informativa que está alterando os conceitos convencionais de informação, comunicação e principalmente de jornalismo.

Sem mencionar o que realmente está por trás da declaração de princípios jornalísticos, as Organizações Globo abriram um espaço para que a contextualização possa ir além do que os autores do texto pretendiam. E é isto o que faremos. O texto parte de uma realidade informativa em profunda transformação. A batalha pelo poder é hoje a batalha pelos corações e mentes das pessoas. Para ganhar corações e mentes é preciso usar a informação, por isto ela tornou-se estratégica.

Preconceito norte-americano

Uma diplomata dos EUA disse em uma sala de aula na Índia que sua pele estava "suja e escura" como a das crianças que lhe ouviam. Essa declaração torna-se ainda mais impactante por ter sido dita por uma representante de uma país cuja autoridade máxima é um negro. Contraditório e repugnante, tal preconceito assusta porque mesmo num governo comandado por um descendente de africano, ele conseguiu ocupar espaços importantes a ponto de difundir sua intolerância mundo afora.


Leia também: Diplomata dos EUA causa revolta na Índia após dizer: 'sem banho eu fico suja e escura como vocês'

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bomba-relógio

A recente saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa me fez recordar de um dos vários motivos que levaram ao insucesso eleitoral de João Dehon em 2004.  A ligação com o passado não tão distante se dá sobretudo pelo tratamento dispensado pelo ex-prefeito de Grossos aos seus adversários, que na sua gestão desfrutavam até mesmo da intimidade do poder.

A exemplo de Jobim, eles gozavam de privilégios junto ao governo, ocupavam cargos importantes, mas eram ferrenhos opositores da administração petista. E em muitos casos, a posição política desses auxiliares era publicamente conhecida, o que logo contribuiu para o descontentamento dos verdadeiros aliados. Estes, sentindo-se desprezados, perderam a motivação que outrora foi responsável pela eleição do ex-mandatário da cidade.

Sem perceber as consequências de manobra política tão arriscada, João armou para si uma bomba-relógio. Curiosamente, não a desativou em tempo hábil, permitindo assim que ela fosse acionada justamente durante a campanha eleitoral. Como previsto, a explosão ocorreu e vitimou principalmente os seus correligionários, que foram gravemente atingidos pelos destroços da confiança quebrada. Fragilizados pela falta de entusiasmo e de união, eles marcharam como um exército em frangalhos rumo ao fracasso nas urnas que pôs fim às pretensões de seu candidato.

Próximas postagens: "O desfile continua" - "A conferência dos aliados"

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A metástase da corrupção

O Governo Dilma não consegue estancar a avalanche de denúncias que pesam sobre seus ministérios. A cada dia novas acusações revelam que a corrupção já atingiu parcela importante do corpo de auxiliares da presidenta. E a tendência é que essa patologia política não encontre obstáculos ao seu avanço. Assim como um câncer agressivo, sofreu metástase e alastra-se sem controle pelo estado brasileiro.

Em face disso, as medidas adotadas pela Chefe da nação são inócuas. No máximo, proporcionarão um efeito momentâneo ou uma aparente melhora que logo sucumbirá ao próximo acordo indecente. Se quiser mesmo remediar essa situação em vez de oferecer apenas paliativos, o foco de sua atuação deve pairar sobre as regras que facilitam a disseminação do problema. E isto só será possível quando for feita uma reforma política comprometida mais com a sociedade e menos com os partidos, que já não a representam mais.

Alento aos desolados com a Igreja

Por Leonardo Boff
 
Atualmente há muita desolação com referência à Igreja Católica institucional. Verifica-se uma dupla emigração: uma exterior, pessoas que abandonam concretamente a Igreja e outra interior, as que permanecem nela mas não a sentem mais como um lar espiritual. Continuam a crer apesar da Igreja.

E não é para menos. O atual Papa tomou algumas iniciativas radicais que dividiram o corpo eclesial. Assumiu uma rota de confronto com dois importantes episcopados, o alemão e francês, ao introduzir a missa em latim; elaborou uma esdrúxula reconciliação com a Igreja cismática dos seguidores de Lefebvre; esvaziou as principais intuições renovadoras do Concílio Vaticano II, especialmente o ecumenismo, negando, ofensivamente, o título de “Igreja” às demais Igrejas que não sejam a Católica e a Ortodoxa; ainda como Cardeal mostrou-se gravemente leniente com os pedófilos; sua relação para com a AIDs beira os limites da desumanidade. A atual Igreja Católica mergulhou num inverno rigoroso. A base social de apoio ao modelo velhista do atual Papa é constituída por grupos conservadores, mais interessados nas performances mediáticas, na lógica do mercado, do que propor uma mensagem adequada aos graves problemas atuais. Oferecem um “cristianismo-prozac”,apto para anestesiar consciências angustiadas, mas alienado face à humanidade sofredora e às injustiças mundiais e a situação degradada da Terra.

Palestra de Frei Betto faz bem à mente e à alma

O evento do ano. É como considero a palestra de Frei Betto na Feira do Livro de Mossoró. O religioso, figura emblemática da esquerda brasileira, traz no seu discurso uma mensagem cristã pouco convencional, mas de suma importância para quem encontra no evangelho inspiração para a luta por justiça social. Além disso, é coerente, age conforme as ideias que difunde aos seus espectadores. Prova disso foi a maneira humilde como se comportou diante do público.

Escritor renomado, autor de mais de 50 livros, tendo inclusive algumas de suas obras publicadas no exterior, Betto chegou ao Circo da Luz como se do anonimato ainda fizesse parte. Sem alarde e dispensando os holofotes e estandes das grandes editoras, ele próprio tratou de expor seus livros numa pequena mesa, autografando-os para quem se interessasse. Às pessoas que não o conheciam causou certo espanto, pois era o principal palestrante da noite e estava muito bem à vontade entre seus leitores, que puderam com facilidade lhe dirigir a palavra.

Quanto a palestra em si, foi um espetáculo! Um momento daqueles que se deve guardar na memória a fim de se transmitir aos filhos e netos uma mensagem que além de nos encher de esperança, revigora a mente e a alma.

Conheça os artigos e livros de Frei Betto AQUI e AQUI.

   

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O lirismo do poeta Geová Costa



Cancelas é uma belíssima canção de Geová Costa que faz parte do seu disco Trajetória. A letra e melodia dessa música atestam o valor singular de sua obra, nos revelando o lirismo encantador de um poeta de mente privilegiada.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A consciência política que não temos

Os estudantes chilenos promoveram uma marcha em prol da educação que reuniu cerca de 100 mil pessoas em Santiago. A manifestação ocorrida no país vizinho demonstra o grau de consciência política daquele povo, algo em que os brasileiros deveriam se espelhar. Mas, infelizmente, no Brasil prevalece a cultura do conformismo e muito dificilmente uma mobilização desse porte em favor da qualidade do ensino público ocorreria por aqui. Sinal de que a população não está tão preocupada assim com o futuro das pŕoximas gerações. Se estivesse, a reação seria outra, bem parecida com a dos chilenos, porém muito diferente da que ostenta como quem nada tem a reclamar.

Leia também: "Estudantes, no Chile: Pública, de qualidade e gratuita".

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A China vai comprar os EUA

A maior potência econômica do planeta está enfrentando uma grave crise financeira. O momento delicado acendeu o sinal de alerta de seus credores mundo afora, temerosos de que o Tio Sam não consiga honrar seus compromissos. Tal preocupação aflige principalmente a China, país com quem os EUA têm o maior débito a ser quitado. Pensando numa solução para o gigante chinês não sair no prejuízo dessa situação, Luís Fernando Veríssimo sugeriu em um de seus artigos que ele executasse a dívida, ou seja, comprasse literalmente o país dos americanos caso eles não possuíssem dinheiro para pagar o que devem. É claro que tudo não passa de uma brincadeira do grande escritor, embora seu texto contenha uma verdade no mínimo inusitada, qual seja, o principal expoente do capitalismo é também quem mais depende de uma nação comunista.

Leia o artigo de Veríssimo AQUI.


Na passarela do Tribunal


Ultimamente a política de Grossos tem exportado notícias negativas para o estado. Não que isso seja uma tendência nova, mas pelo menos agora ocorre com mais frequência. É o que se tem percebido de dezembro de 2010 até julho deste ano, quando três das principais lideranças políticas da cidade tiveram suas contas rejeitadas pelo TCE-RN. E somando os valores a serem ressarcidos ao erário chegamos à quase R$ 1,3 milhão. Apesar de ser um montante considerável, ainda ficamos com a impressão de que ele revela tão somente a ponta do iceberg.

Por isso, há muito mais que se averiguar nas contas da Prefeitura, principalmente porque as finanças municipais sempre foram uma espécie de “caixa preta” dos governos grossenses.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pra depois das horas mortas

Por Genildo Costa.
Ao poeta e parceiro Marcos Ferreira.

Aqui acolá a preguiça vacila e aí eu me aproveito de sua falta de percepção para não mais insistir em tratar do óbvio. Sem alarde. Sem que os outros passem despercebidos quando o tema vier a ser a nossa total ausência de se sentir capaz de ir a diante. De se sentir presente. De não mais ter que embarcar naquela de postar a voz e fazer valer a sua mais sincera hipocrisia. Aos hipócritas, claro, todas as flores de qualquer manhã de setembro, pois, só assim, eles se sentirão, verdadeiramente, tal qual o riso falso dessa eterna loucura de não mais ser o que sempre sonhamos para todos nós.

Que possamos, então, nesses momentos de profunda agonia aguardar a hora certa para não mais ter que buscar lenitivo em qualquer esquina, pois até agora há pouco vi passar pelas tabelas o último confidente que me fez acreditar que amanhã será outro dia. Pois nesse compasso de embriaguez exposta, o desencanto. A estética vencida. O traço que não identifica sequer as cores de nossa rebeldia. O que fica parece ser a nossa falta de elegância quando tentamos persuadir para fazer valer a mesma fala....Que já não mais está comigo e muito menos com o alarido das ruas.

domingo, 7 de agosto de 2011

O poeta é um milionário

Folheando o livro A Saga da Poesia Sobrevivente, me deparo com uma entrevista de Dagmar Costa ao jornal O Mossoroense em 1997. Nela, o jornalista Cid Augusto pergunta a meu avô se existe poeta rico. Dagmar então responde que nunca viu e lembra de uma situação vivida pelo também artesão da palavra, Israel de Castro, quando certa vez um padre querendo ridicularizá-lo lhe disse: "Você é milionário, Israel". A resposta do poeta foi imediata e veio na forma dos seguintes versos:

"Você realmente, padre, tem razão.
Eu não sou pobre, tenho a natureza,
O meu cofre de ouro cheio de riqueza,
Com chave da sutil inspiração.

Com ela eu me comparo a Salomão,
Trago nas veias sangue e nobreza,
Sou poderoso, sábio, eu sou alteza,
Sou invejado sem invejar do rei o seu brasão.

O céu, a estrela, a lua e o oceano
Rico me fazem, sorridente e ufano
Durmo num berço de ouro imaginário.

E se um sacerdote fala qual profeta
E a luz divina envolve-lhe a lama inquieta,
Eu sou realmente, padre, um milionário."

A primeira cerca

"O primeiro que, tendo cercado um terreno, atreveu-se a dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas simples o suficiente para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, quantas misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, houvesse gritado aos seus semelhantes:"Evitai ouvir esse impostor. Estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não é de ninguém!"*

*Extraído da obra "Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens" do iluminista  Jean-Jacques Rousseau .

sábado, 6 de agosto de 2011

A Copa do Mundo é nossa. E o que ganhamos com isso?

Por Marcelo Semer, do Blog Sem Juízo.

A Copa do Mundo é nossa.

Mas o que nós ganhamos com isso?

O pontapé inicial de 2014 foi um chute no lombo do brasileiro: uma festa-sorteio com cara de programa de televisão, que custou a bagatela de trinta milhões de reais, repartidos entre dois bons patrocinadores: o Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Um evento que poderia ter sido realizado nas dependências da própria Fifa, ou de qualquer teatro, fechou por quatro horas o principal aeroporto do Rio para evitar que o trânsito e o barulho das aeronaves atrapalhassem a retirada dos papeizinhos dos potes na Marina da Glória.

Esse é um pequeno exemplo de como o país vai se condicionando a aceitar as regras da Fifa, para a realização do campeonato.[...] Leia o artigo completo AQUI.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

De Cara Pro Mundo



No vídeo, Genildo Costa canta "De Cara Pro Mundo"  para os estudantes do @C_O_M_E_M que estavam acampados na 12ª Dired em Mossoró. A gravação foi feita pelos integrantes do acampamento #Primavera Sem Rosa em 24/06/11 e será aproveitada na elaboração de um documentário sobre a luta destes alunos em defesa da educação do RN.

Veja também: Música para acampamentos.





 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A amoralidade como norma

Por Celso Lungaretti do Blog Náufrago da Utopia.

Quando eu estava começando a formar minhas convicções, aos 15 anos, assisti a uma peça de teatro amador sobre Galileu Galilei, que trazia, destacada nos cartazes e no programa, uma fala que me marcou para sempre: “Há um mínimo de dignidade que não se pode negociar. Nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol”.

Referia-se ao recuo tático do grande físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, que renegou sua convicção de que o Sol (e não a Terra) era o centro de nosso Universo, para obter a clemência da Inquisição. Doente e quase cego, o septuagenário Galileu fez esta concessão ao obscurantismo religioso para que sua pena de exílio fosse convertida no que hoje chamamos de prisão domiciliar.

Os homens têm enfrentado, ao longo dos séculos, o dilema moral de escolherem entre o que é certo e o que é conveniente. Às vezes, em situações ainda mais dramáticas, como a que os relatos lendários sobre a Guerra de Tróia atribuem ao rei Agamenon, quando a partida de sua monumental frota estava sendo impedida pela calmaria e um profeta lhe revelou que a deusa Ártemis exigia a vida de sua filha Ifigênia como contrapartida de ventos favoráveis.

Mas, dificilmente as opções negativas são feitas por motivos tão extremos. E, nas situações prosaicas do cotidiano, o ensinamento de Jesus Cristo continua apontando o único caminho verdadeiramente ético: “Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” (Mateus, 16:26).

Neste melancólico século 21, pouquíssimos hesitam em trocar a alma por dinheiro, status e poder. O capitalismo, erigindo a competitividade e a ganância em valores supremos da vida social, transforma os homens em fiéis devotos do bezerro de ouro.