terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Conferência dos Aliados



O prefeito de Grossos reuniu as principais lideranças da situação para tratar da escolha de um nome que represente seu grupo político nas eleições de 2012. O encontro marca oficialmente o início de um debate interno que, diga-se de passagem, já começa com muito atraso, uma vez que a oposição dispõe há mais tempo de um forte candidato para concorrer à sucessão. 

Toda essa demora, porém, tem sua razão de ser. Ela pode ser reflexo de uma decisão que não contemple nenhum dos pré-candidatos que compareceram àquela reunião. Tal possibilidade aponta para a indicação de um nome que nem mesmo faça parte do leque de alianças do governo local.(ver detalhes AQUI)

Temerosos de que isto venha acontecer, os postulantes à unção do prefeito cuidaram logo de demonstrar o quanto estavam descontentes, o que forçou o chefe do executivo a chamá-los para uma conversa. Daí é que surgiu a primeira conferência dos aliados, muito mais para acalmá-los, alimentando-os com a falsa esperança de ser o escolhido, do que propriamente se chegar a um consenso para o próximo pleito.

Neste cenário, o condutor das negociações pode ainda lançar mão de uma estratégia bem conhecida pelos munícipes grossenses: o apoio de fachada. Caso não consiga equacionar de forma clara esta celeuma, o caminho deve ser o das aparências. E há sinais de que esse plano esteja sendo elaborado nos bastidores. Prova disso é a briga simulada entre os irmãos que comandam a Prefeitura. O suposto rompimento entre eles permite a bifurcação política do grupo, garantindo assim que os interesses do prefeito e sua família estejam em dois palanques ao mesmo tempo. Dessa forma, dobram-se as chances de sucesso nas urnas para o líder do PSB na cidade.

Vale salientar que essa costura política ousada tem ainda outro detalhe interessante. É que uma das ramificações da base aliada pode subtrair da oposição o apoio da governadora. Alcançando mais este feito, o plano, ao menos em tese, seria perfeito. E para sua completa realização, além da aprovação popular, falta obviamente convencer alguém a ser fantoche político dos seus mentores, o que pelo visto não será uma tarefa tão difícil assim.

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