Em regra, o trabalhador brasileiro se aposenta quando completa 65 anos de idade ou contribui por 35 anos para o regime geral de previdência. No entanto, se você for um político e já tiver ocupado algum cargo eletivo, suas chances de obter uma aposentadoria robusta com bem menos tempo de trabalho são consideráveis.
Veja o caso do ex-deputado do DEM de Mato Grosso, Humberto Bosaipo. Ele foi governador interino por apenas 10 dias e hoje goza de uma renda vitalícia que, somada a outras de caráter semelhante que também usufrui, perfaz o valor de R$ 75 mil.
Um luxo que extrapola todos os limites da ética e do bom senso, mas que no Brasil tem até aparato jurídico para legitimá-lo. Não é à toa que vivemos num país onde a desigualdade é sua marca maior, estando a diferença de tratamento dada ao povo entre as principais razões de seu atraso histórico.
Nota do Blog: Casos parecidos com o do ex-deputado mato-grossense existem em outros estados do país. É quase uma epidemia nacional. No RN, por exemplo, um colega de partido de Humberto, o senador José Agripino, também desfruta de uma dessas regalias esdrúxulas. Mas o atual presidente do DEM disse que não há nada de errado em receber vencimentos acima do teto permitido para o funcionalismo público. Para ele, tudo está em consonância com a lei e ,portanto, não há motivo para questionamentos. É o velho discurso da legalidade fundamentado nas injustiças.
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