Há poucos dias comentei neste blog  que o TCE-RN tem lembrado com frequência dos políticos de Grossos devido aos indícios de irregularidades nas suas prestações de  contas junto àquele órgão julgador. A lista com os nomes desses "notáveis" homens  públicos já estava de bom tamanho, mas a Câmara Municipal também queria entrar pra história. Por isso, enviou o  seu representante para o desfile na passarela do Tribunal.  Essa participação, no entanto, não causou surpresa a ninguém, pois  Legislativo e Executivo adotam a mesma falta de transparência na gestão  dos recursos públicos. Com tanta semelhança, imaginem a ciumeira de um  poder em relação ao outro se aquela corte não lembrasse de um deles. Em  tempo, os ministros desviaram os holofotes para o parlamento grossense  que, feliz com os seus 15 minutinhos de fama, manteve a harmonia no  mundo das celebridades da política local.
Luz, câmera, omissão!
As despesas sem comprovação que  motivaram a decisão contra o presidente da Câmara Municipal remontam o  ano de 2007. De lá pra cá, ele continuou no cargo (é quase um presidente  vitalício), antecipou sua reeleição e ainda realizou uma reforma na  Casa que até hoje não se sabe quanto custou. Sem questionamento de seus  pares, consegue tudo o que deseja. Na sua gestão, é impressionante  como o Legislativo tornou-se tão unido e consensual. Contudo, não se  engane. Todo esse clima amistoso entre os vereadores não significa  maturidade política. Apenas quer dizer que eles são unânimes em defender  seus pŕoprios interesses em detrimento da obrigação de fiscalizar a  aplicação do dinheiro público.
Infelizmente, para os edis do município, o erário tem cor partidária e só deve ser protegido quando maltratado pelos adversários. Somente a estes são endereçadas as críticas que tornam-se, portanto, seletivas. Nesse caso, como bem lembra o professor Renato Janine Ribeiro, todos são cúmplices! A omissão, produto da camaradagem e do corporativismo, é o ingresso que permite a continuidade desse triste espetáculo sob os olhos perplexos de uma sociedade politicamente apática.
Infelizmente, para os edis do município, o erário tem cor partidária e só deve ser protegido quando maltratado pelos adversários. Somente a estes são endereçadas as críticas que tornam-se, portanto, seletivas. Nesse caso, como bem lembra o professor Renato Janine Ribeiro, todos são cúmplices! A omissão, produto da camaradagem e do corporativismo, é o ingresso que permite a continuidade desse triste espetáculo sob os olhos perplexos de uma sociedade politicamente apática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário