Por Altamiro Borges do Blog do Miro.
Na sessão de ontem (19) do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra  Carmem Lúcia mostrou-se preocupada com o crescimento das redes sociais  no país. Ela chegou a afirmar que a internet é “uma praça virtual que  pode depor governos”. Vice-presidente do TSE, ela garantiu que o  acompanhamento das redes sociais será um dos principais desafios do  órgão nas eleições municipais de 2012.
O pronunciamento da ministra, que presidirá o TSE no próximo ano,  confirma que a internet passou a incomodar as estruturas de poder.  Alguns setores inclusive já pregam maiores restrições à liberdade na  rede. O deputado tucano Eduardo Azeredo é autor de um projeto que  aumenta o controle e a vigilância na internet – já batizado de AI-5  Digital. Na sua fala, a ministra do TSE enfatizou que nenhuma medida  nesta área pode “comprometer a liberdade de expressão”. Mesmo assim, é  bom ficar esperto!
21 milhões recorrem aos blogs
Os sinais do aumento da influência da internet no Brasil são patentes.  Nesta semana, foram divulgados os números da sondagem CNT/Sensus sobre a  popularidade do governo. Pela primeira vez, a pesquisa apurou também o  peso da blogosfera como fonte de informação. Dos entrevistados, 16%  disseram recorrer “sempre” aos blogs de notícias – cerca de 21 milhões  de brasileiros; e 12% disseram recorrer “às vezes” – cerca de 16  milhões. Outros 19% disseram que pretendem ter acesso à internet em até  12 meses. 
“Os números são muito expressivos... A blogosfera tem sido  crescentemente uma fonte de informação. Vinte milhões de eleitores  usando a internet para se informar sempre é muita coisa”, garantiu ao  sítio Carta Maior o diretor da Sensus, Ricardo Guedes. “Eu, por exemplo,  aposentei o jornal escrito”.
A pesquisa também apurou a penetração das três redes sociais mais  populares no país. Entre os consultados, 27% declararam que têm Orkut;  15%, que têm Facebook; e 8%, Twitter. Ainda de acordo com a pesquisa,  25% dos brasileiros (33 milhões de eleitores) dizem usar a internet  “diariamente”, enquanto 10% utilizam “alguns dias por semana”.
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