segunda-feira, 25 de julho de 2011

A caixa preta das igrejas

Por Eliakim Araujo, no Direto da Redação

Silvio Santos bateu o martelo e disse que não vende mais as madrugadas do SBT para pregadores religiosos, mesmo que paguem milhões. Bispos e pastores estavam de olho naquele horário e ofereceram mundos e fundos para conquistá-lo. As ofertas partiram de todos, desde o bispão Macedo, em sua louca fixação para derrubar a Globo, até Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido por RR Soares, cunhado de Macedo, que já tem sua TV mas é incansável na busca por mais espaços em outras redes. Também entrou na disputa um tal Malafaia, aquele que garantiu que iria arrecadar alguns bilhões dos fiéis para ter sua própria TV e deu com os burros n’água.

Silvio, bom camelô, o homem que conseguiu dar a volta até na CEF, passando-lhe o mico preto do banco Pan-Americano antes que ele explodisse, deve ter pensado: “pera lá, se esses caras querem tanto esse espaço é porque algum faturamento eles vão ter lá na frente”. Não sei se ele pensou exatamente assim ou simplesmente decidiu preservar sua TV da catequese massacrante dos nossos respeitados bispos, pastores e apóstolos, mas o fato é que decidiu encerrar as negociações.

Penso que é preciso algum tipo de fiscalização para que todos saibam o que está por trás dessa dominação evangélica nas TVs brasileiras. De onde vem essa dinheirama toda? Vem de dízimos e do valor obtido com doações, mesmo que envolvam imóveis, veículos e doações, sobre os quais não incide imposto de renda. Ao pé da letra, significa dizer que todos os contribuintes brasileiros estão trabalhando em favor da construção desses impérios, não apenas os fiéis das igrejas. Essa é uma caixa preta que precisa ser aberta e convenientemente explicada.[...] CONTINUE LENDO>>>

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