Por Cézar Alves do Blog Retrato do Oeste
Está evidente que a sociedade que não exercita sua cidadania plena como votar, fiscalizar e cobrar resultados, é facilmente dominada e transformada em marionete.
É o caso do Rio Grande do Norte, ou pelo menos é o que estão tentando fazer com a população. Os sinais neste sentido são bem claros.
O sistema de saúde pública está falido. Uma criança passou sete dias agonizando no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, para finalmente ter quem coloque o fêmur no lugar.
Mossoró, que tem 259 mil habitantes e outros 50 mil circulando, não têm um leito de UTI pediátrica e no próximo dia 13 vai ficar sem hospital infantil. A UNIPED vai fechar.
A educação faliu e tende a ficar pior, especialmente na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), pois o Estado cortou um volume enorme de recursos do orçamento 2011.
Um retrato da educação de nível médio e fundamental da rede estadual de ensino pode ser registrado na Escola Estadual Professora Margarida Maria de Souza, em Mossoró. Um caos!
Na Segurança Pública, basta registrar que os policiais civis estão em greve pedindo estrutura para trabalhar e a convocação de mais homens para ajudá-los.
E estes são os três setores essenciais da sociedade. São direitos assegurados na Constituição Federal, que estão sendo negados pelos governos solenemente há anos.
A sociedade deveria ir às ruas fiscalizar os atos do governo e cobrar resultados em outros. O cumprimento da palavra dada nas eleições.
Mas ao invés de cobrar seus direitos essenciais como saúde, educação e segurança, chega ao absurdo de vaiar quem o faz.
Foi o que aconteceu em frente ao Teatro Dix Huit Rosado, em Mossoró, quando um grupo de professores e estudantes que aguardava a governadora Rosalba Ciarlini para cobrar melhoria nas escolas, foi vaiado pela nata da elite mossoroense.
Aqui invertemos esta vaia e aplaudimos os garotos do @C_O_M_E_M, os professores e os policiais civis que estão apenas lutando pelo melhor para a sociedade.
É vergonhosa a sociedade que não se indigna com o fato de o Estado deixar uma cidade com 300 mil habitantes sem nenhum leito de UTI pediátrica e hospital infantil.
Este tipo de sociedade não tem filhos e se os têm é irresponsável com eles.
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