A proximidade do ano eleitoral responde pela ocorrência de alguns fenômenos estranhos em Grossos. E não procure explicá-los por outra lógica que não a da política. Por exemplo, como entender a antecipação da vinda de Papai Noel à cidade? Isso mesmo, você não leu errado. O mês não é o de dezembro, mas o que importa? Por lá já é Natal e a tradição não significa muito nesse período que antecede uma nova eleição municipal.
O fato é que ele está de volta e agora mais afável do que nunca. Após um longo tempo ausente, o “bom velhinho” finalmente saiu do seu isolamento no gélido Pólo Norte e veio abraçar as criancinhas da salinésia. Só que desta vez, não trouxe brinquedos no trenó, que carregava apenas sacolas contendo dinheiro. Aí então a decepção foi geral entre os pequeninos, iludidos pelos gracejos do ilustre visitante. Inocentes, não perceberam que o verdadeiro alvo são os seus pais, as pessoas que realmente podem retribuir a generosidade no pŕoximo ano.
E pensando nessa futura recompensa, Noel tem pressa em dar cidadania ao povo pobre do município. O curioso disso tudo é a forma como ele pretende alcançar esse objetivo e, principalmente, o momento escolhido para praticar suas boas ações. Impulsionado por uma súbita preocupação com os mais necessitados, o famoso velhinho de cabelos brancos esquece que comemorar o Natal fora de época não sugere excesso de benevolência, mas oportunismo descarado.
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