sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pelo avesso da História

Por Genildo Costa*

Não conheço esta fera que agoniza
Todo verde existente desta mata
Mata virgem onde cantou passarada
Anunciando invernada no sertão

Os abalos da própria evolução
Reverteu todo quadro, com certeza,
Abolindo as leis da natureza
Fez brotar rebuliço e assombração

Com a chegada da industrialização
Acelera-se o ritmo da pobreza
O operário é sinônimo da fraqueza
Como engrenagem de toda a produção

Este conjunto de forças produtivas
Que conduz o progresso social
Intensifica o próprio capital
Que aniquila, que mata e que devora
Só a luta de classes determina
O avesso do avesso da História.

*Genildo Costa é músico e poeta.

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