Por Genildo Costa.*
Como todos os dias, vejo cenas repetidas de um mesmo teatro que não 
suporto mais encará-lo de frente. Por mais que seja real, devo dizer de 
meu ceticismo,ou melhor, de minhas dúvidas que atormentam as noites de 
minha solidão. Não costumo até então guardar comigo confetes para 
alimentar a vaidade de quem quer que seja. Deve ser por conta dessa minha
 ausência nos espaços de glamour que hoje pago um preço altíssimo em 
continuar defendendo intransigentemente a liberdade de manifestação da 
palavra, mesmo sabendo que aos loucos pelo menos persiste o direito de continuar 
sonhando. Quando não mais prestar para sonhar sonhos possíveis, remeterei a
 mim mesmo uma carta suicida, e farei de meu silêncio o instrumento para 
denunciar os meus devaneios e utopias vãs.
Para o ano que não 
retorna jamais, grato pelos dias a mim concedido. Devo ter sido pouco 
prudente, ou quem sabe, ingrato para com todos os dias que alimentei a 
certeza de que é impossível ser feliz sozinho. Para o novo ano que 
chega, transfiro todas as expectativas ao povo brasileiro que aprendeu no
 exercício da cidadania a apontar caminhos e superar obstáculos. Aos 
gestores e homens públicos, cuidado...muito cuidado.....Nunca esquecer 
que o passo primeiro quando dado errado pode comprometer todo o percurso
 da caminhada...Feliz ano-novo e prosperidade e paz para todos os povos 
da Mãe Terra...!!!
*Genildo Costa é cantor e compositor. 
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