A gestão "Trabalhando pra você" tem reiteradamente usado o argumento da restrição de recursos a fim de explicar algumas de suas omissões. Como produto dessa astúcia, o discurso da situação se reveste de uma falsa responsabilidade orçamentária.
A intenção é fazer crer que o executivo age com comedimento e cautela, é prudente e tem de abdicar de outras ações para manter em dia o pagamento do funcionalismo público. Retórica fajuta! Justificativa sem respaldo na realidade, pois os números oficiais demonstram vultosos repasses de verbas federais e estaduais desde 2005, revelando a patente incapacidade de gerí-los com eficiência.
Vale ressaltar que na história recente do município nenhum outro governo contou com tanto apoio político e orçamentos tão robustos. Mesmo assim o desempenho tem sido pífio, muito aquém do esperado.
Entra ano, sai ano, e a Prefeitura não consegue erguer suas finanças. O problema é crônico e expõe uma crise que não é financeira, mas de GESTÃO. E há várias evidências nesse sentido. Uma delas ocorreu quando do último grande abalo do capitalismo em meados de 2009. Naquele momento, a orientação era cortar gastos e cuidar dos serviços básicos à população.
No entanto, Grossos esteve na contramão do bom senso, pois os seus inquilinos do poder acharam por bem comprar um carro novo para o gabinete do prefeito (estimado em 100 mil reais), ao passo que mantinham os servidores municipais com sucessivos salários atrasados.
Isto sim é prova cabal do raciocínio acima exposto. Evidencia a inversão de prioridades posta em prática pelo sistema governista que em tempos de dificuldade cuida do próprio conforto em detrimento do povo, desnudando assim a natureza falaciosa da velha desculpa da crise.
*Sobre o tema acesse o Portal da Transparência e veja a destinação de recursos federais para Grossos nos últimos anos. Pode ainda rever publicações passadas deste blog clicando AQUI.
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