A queima de fogos durante a virada de ano em Grossos reuniu muita gente no largo do Moinho Holandês. Apesar do grande público, poucos políticos estiveram presentes. A maioria nem quis esperar pelo foguetório e traçou destino rumo às badalações de outras cidades. Já alguns aguardaram a explosão de luzes no céu entreter o povo para só então sair de cena em busca dos mesmos endereços.
Este fato revela que o exercício da política deixou de considerar a importância da proximidade com as pessoas. O aspecto afetivo foi substituído por uma mera relação de troca de favores, quase instantânea, que se consuma na compra e venda de votos. Por essas regras, pouco importa carisma, discurso, conteúdo, enfim, as qualidades de um bom político.
Hoje são raros os que ostentam essas características. Grande parte prefere a praticidade do modelo vigente e permanece indiferente ao contato popular. Mas pode ter certeza que este comportamento deve passar por mudanças repentinas. É que daqui em breve teremos eleições municipais e os políticos da cidade serão acometidos por uma crise de consciência através da qual tentarão convencer a todos de sua identificação com o povo.
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