Até bem pouco tempo atrás, o político ungido pela condição de prefeito dispunha de uma poderosa arma para enfrentar seus adversários:a indicação dos contratados para o serviço público. Dessa forma, por mais impopular que fosse o candidato da situação ele sempre iniciava a disputa com larga vantagem sobre seus concorrentes.
Acontece, porém, que em 2009 o Ministério Público interveio nessa questão a fim de moralizar a ocupação dos postos de trabalho na Prefeitura. Firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Executivo, impondo-o a realização de certame destinado ao preenchimento dos cargos no Município.
A seleção foi feita e os resultados logo apareceram. Na primeira eleição após o concurso, as urnas já sinalizaram a perda de poder de fogo do atual governo. É bem verdade que as deputadas do PSB continuaram com votação expressiva, mas não se pode minimizar a fuga de cerca de 500 votos.
Pra se ter idéia, em 2006, Sandra e Larissa obtiveram, respectivamente, 1911 e 1762 votos em Grossos. Ano passado, enquanto a mãe se contentou com a preferência de 1401 eleitores, a filha atingiu a marca dos 1285 sufrágios. Vale dizer que no confronto pra deputado federal o rosadismo perdeu o primeiro lugar na cidade para João Maia(PR).
Como se pode notar, a velha prática do apadrinhamento político deixou saudades aos inquilinos do Palácio José Marcelino. Não é à toa que rumores dão conta da manutenção de alguns aliados exercendo suas antigas funções com base em contratos (Ver matéria AQUI).
Caso se comprove a denúncia, um absurdo estaria a afrontar o direito dos suplentes do referido concurso, além de descumprir o acordo com o Órgão Ministerial. Por tudo isso, a população deve estar sempre vigilante aos passos do Executivo com o intuito de evitar o uso da máquina pública para fins exclusivamente políticos, o que implica quase sempre em má qualidade dos serviços prestados aos munícipes.
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