terça-feira, 21 de maio de 2019

Projetos rejeitados na CCJ esquentam debate na câmara municipal

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES

Depois do sucesso dos protestos pela educação realizados na última quarta (15), as entidades organizadoras já programam novas atividades de rua e paralisações para os dias 30/05 e 14/06 (greve geral). A expectativa é de que os próximos atos superem o primeiro dado o entusiasmo crescente dos manifestantes.



VEREADORES (AS) CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Na quinta passada, 16, a Câmara municipal de Grossos aprovou moção de repúdio ao texto da reforma da previdência de Bolsonaro. A casa legislativa foi provocada a se manifestar sobre o assunto mediante ofício do Sindprevs/RN encaminhado à mesa diretora, e lido em plenário pelo vereador Cateca (PC do B). Dos 9 parlamentares, apenas Bruno Gomes(PSDB) não assinou o documento porque faltou à sessão sob justificativa já apresentada.

TRILHA DO URUBU OU O RALLY DA LEVADA

Acabou o segredo! Finalmente descobrimos o plano do governo Mauricinho (MDB) para a avenida Terezinha Pereira. Confundido com abandono pelos opositores da gestão, o trabalho às avessas do prefeito visa adaptar o local para sediar uma trilha urbana na cidade. Visionário, Maurício viu nos buracos e morros de lixo espalhados pela rua a garantia perfeita de aventura e muita adrenalina para os motoqueiros. Com a “ação”, a PMG pretende turbinar o calendário esportivo do município, além de oferecer uma alternativa a quem se desloca grandes distâncias para se divertir fora de Grossos. #sqn

MINEIRINHA

Cinthia (PHS) assiste de camarote aos conflitos deflagrados entre seus concorrentes, sejam eles da situação ou da própria oposição. Dedicada a aparar arestas desde o fim da eleição de 2016, a “abelhinha” até aqui desfruta de relativa tranquilidade na sua base. Corre por fora e come quietinha pelas beiradas rumo à próxima disputa pelo voto.

BARRADOS

A última sessão na câmara municipal foi bastante agitada. Tudo porque dois projetos de Clorisa (SD), um acerca da política municipal da pessoa com autismo e outro sobre redução de jornada para servidor cujo dependente possua necessidade especial, foram barrados na comissão de constituição e justiça. Composta pelos vereadores Antônio Gustavo, Bruno Gomes e Alexandre Paiva, tal comissão rejeitou as proposições sob a alegação de vício de iniciativa, segundo a qual apenas o prefeito poderia enviar projetos dessa natureza para apreciação do legislativo.

NENHUMA MODÉSTIA E MUITA “PIRRAÇA” NAS REDES

Não demorou muito e as redes sociais foram inundadas com as reações à celeuma originada na câmara. No facebook, Johnson classificou a decisão dos edis como “maldade” resultante de “pirraça” com Clorisa, que endossou as declarações do marido.

Ambos recorreram ao apelo emocional em detrimento do viés jurídico para angariar apoio dos internautas. Provavelmente obtiveram êxito, mas sacrificaram o bom debate em nome da desqualificação pessoal dos discordantes.

Como se não bastasse, voltaram a tratar do tema no sábado (18), desta vez na Difusora, e o fizeram com tom de deboche em relação aos colegas de vereança da oposicionista. Até o currículo dela foi citado para demonstrar a suposta fragilidade dos pareceres emitidos pela comissão.

BIRRA DE ALCANCE LIMITADO

Na mesma sessão onde as propostas acima foram discutidas, outras nove proposições de Clorisa, entre indicação, requerimentos e projetos de lei, foram aprovadas, inclusive com todos os votos da bancada governista favoráveis. E a “pirraça”? Como explicar a sua não aplicação nesses casos?

ALEXANDRE CONTESTA VERSÃO DA VEREADORA

“Não é de hoje que mentiras e fake news são divulgadas nas redes sociais, induzindo por diversas vezes o eleitor ao erro. Não podemos mais aceitar esses artifícios usados para confundir a população”, escreveu Alexandre Paiva (PR) numa rede social em resposta à parlamentar do Solidariedade. Leia a nota completa AQUI.

ENFIM, OS ARGUMENTOS.

No rádio, Clorisa (SD) rebateu o conteúdo dos pareceres contrários aos seus projetos, confrontando-os com a Lei Orgânica municipal e a aprovação de propostas similares em outras cidades. Esse deveria ter sido o único caminho adotado desde o início, pois o drama sensacionalista e o pouco-caso quanto aos seus pares na câmara em nada contribuem para uma discussão salutar.

O OUTRO LADO

No olho do furacão da polêmica está a análise feita pela comissão de constituição e justiça acerca dos famigerados PLs em questão. Concorde ou não com a negativa subscrita pelos 3 vereadores, ela está amparada em argumentos legítimos, que encontram eco na jurisprudência e merecem, minimamente, ser respeitados.

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