Bons ventos da oposição impulsionam sonho de Emílio |
Se João Dehon não for confirmado na majoritária e Emílio receber dele a unção para concorrer no seu lugar, o ex-bancário não enfrentará tanta resistência para angariar simpatia junto àquela ala da oposição. Sei que uma simples indicação do peemedebista tem um peso enorme sobre a decisão do seus correligionários, porém há que se observar outros elementos facilitadores desse projeto audacioso do PDT local.
O primeiro deles diz respeito à extrema dependência política daquele grupo à liderança de uma única pessoa. João sempre concentrou as atenções em si e desde 2005 não trabalha um nome para substituí-lo, mesmo dispondo de bons quadros na sua base como o da própria irmã, Simone de Fátima, que ao que parece não deseja encarar a disputa fratricida pelo poder na cidade.
Além disso, parcela considerável do eleitorado do ex-prefeito poderia, numa 'situação de emergência', assimilar bem uma provável postulação de Emílio, pois ele incorpora como ninguém o espírito oposicionista, até mais do que o próprio líder do PMDB. A recepção acalorada do novo aliado na última sexta (25) é um bom indício dessa aceitação, que também seria respaldada pelo histórico de parcerias entre os dois políticos e a boa relação dos bacurais com Raimundo Pereira, pai do pedetista e pessoa muito querida no grupo.
É inegável, portanto, a presença de ventos favoráveis às pretensões do dissidente governista, restando apenas saber se tais condições, dentre elas o aval de João Dehon, vão prevalecer até o decorrer da campanha eleitoral.
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