Cartas fora do baralho.
Poderia ser mais difícil. Esta é, sem dúvida, a avaliação da maioria
dos opositores do prefeito de Grossos. Não que o candidato escolhido por
ele não seja competitivo. Muito pelo contrário, o potencial eleitoral
do vereador Alexandre não pode ser subestimado assim como o de Veronilde foi em 2008. Contudo, a meu ver, enfrentar Cínthia
Sonale, Emílio ou Cateca seria uma missão mais espinhosa para o grupo
oposicionista.
A primeira porque teria mais facilidade de
atrair o público jovem, além de transmitir uma pseudo ideia de renovação
na política (a 1ª prefeita do município!), já que mantendo a mesma
correlação de forças pouca coisa haveria de mudar. Quanto ao carisma da
virtual concorrente, um marketing bem feito resolveria esse
problema.(Quem não lembra do tímido político de Areias Alvas ao assumir a
Prefeitura em 2005?).
Em relação a Emílio (PDT), o seu perfil técnico e o discurso
desenvolvimentista poderia ser melhor explorado, sobretudo quando se tem
uma oposição acéfala como a de Grossos. Lembro-me muito bem que na
última eleição municipal a chapa encabeçada por João Dehon e Enilson
confeccionou o plano de governo praticamente às vésperas da votação.
Isso sem falar da qualidade do material, provavelmente extraído de uma
pesquisa simples na internet utilizando o famoso recurso do "Ctrl C,
Ctrl V".
E por último, o vereador Cateca(PC do B), se
fosse o escolhido, doaria sua história de vida à campanha. Sou suspeito em falar deste comunista em função dos laços de sangue que nos unem.
Entre nós, porém, há tantas divergências políticas que às vezes é preferível
nem falar no assunto quando nos encontramos para preservar a Pax Familiae. No
entanto, não posso deixar de reconhecer as virtudes de um homem que
durante muito tempo sustentou heroicamente a família vendendo verduras.
Sua garra, perseverança, planejamento e obstinação são atributos
incontestáveis. Um prato cheio para marqueteiros profissionais.
Mas, em que pese as qualidades de cada um dos preteridos no
processo sucessório, a maior autoridade grossense optou pelo
tradicionalismo na política. Assim, perde a situação e ganha a oposição,
que mesmo não sendo uma alternativa real à conjuntura do município,
reunirá doravante melhores condições para apresentar-se como tal.
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