segunda-feira, 21 de maio de 2012

As opções descartadas

Cartas fora do baralho.

Poderia ser mais difícil. Esta é, sem dúvida, a avaliação da maioria dos opositores do prefeito de Grossos. Não que o candidato escolhido por ele não seja competitivo. Muito pelo contrário, o potencial eleitoral do vereador Alexandre não pode ser subestimado assim como o de Veronilde foi em 2008. Contudo, a meu ver, enfrentar Cínthia Sonale, Emílio ou Cateca seria uma missão mais espinhosa para o grupo oposicionista.

A primeira porque teria mais facilidade de atrair o público jovem, além de transmitir uma pseudo ideia de renovação na política (a 1ª prefeita do município!), já que mantendo a mesma correlação de forças pouca coisa haveria de mudar. Quanto ao carisma da virtual concorrente, um marketing bem feito resolveria esse problema.(Quem não lembra do tímido político de Areias Alvas ao assumir a Prefeitura em 2005?).


Em relação a Emílio (PDT), o seu perfil técnico e o discurso desenvolvimentista poderia ser melhor explorado, sobretudo quando se tem uma oposição acéfala como a de Grossos. Lembro-me muito bem que na última eleição municipal a chapa encabeçada por João Dehon e Enilson confeccionou o plano de governo praticamente às vésperas da votação. Isso sem falar da qualidade do material, provavelmente extraído de uma pesquisa simples na internet utilizando o famoso recurso do "Ctrl C, Ctrl V".

E por último, o vereador Cateca(PC do B), se fosse o escolhido, doaria sua história de vida à campanha. Sou suspeito em falar deste comunista em função dos laços de sangue que nos unem. Entre nós, porém, há tantas divergências políticas que às vezes é preferível nem falar no assunto quando nos encontramos para preservar a Pax Familiae. No entanto, não posso deixar de reconhecer as virtudes de um homem que durante muito tempo sustentou heroicamente a família vendendo verduras. Sua garra, perseverança, planejamento e obstinação são atributos incontestáveis. Um prato cheio para marqueteiros profissionais.

Mas, em que pese as qualidades de cada um dos preteridos no processo sucessório, a maior autoridade grossense optou pelo tradicionalismo na política. Assim, perde a situação e ganha a oposição, que mesmo não sendo uma alternativa real à conjuntura do município, reunirá doravante melhores condições para apresentar-se como tal.




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