quinta-feira, 31 de maio de 2012

A preocupante intervenção da deputada Fátima Bezerra sobre a intervenção no PT de Mossoró

Reproduzido do Blog de Julierme Torres.

A deputada federal Fátima Bezerra (PT) se posicionou sobre a intervenção da Executiva Nacional do PT no Diretório de Mossoró.

Vamos conferir o conteúdo, na sequencia o blog vai comentar:

A decisão da Direção Executiva Nacional do PT, sobre a aliança em Mossoró, reflete as resoluções do IV Congresso Nacional. Ou seja, cabe ao PT construir as condições de unir a base do governo Dilma para a disputa do nosso projeto nacional na sociedade a partir das eleições municipais, seja com candidatura própria ou apoiando candidaturas de partidos aliados.

Derrotar o DEM e o PSDB é tarefa principal do PT e seus aliados. Em Mossoró, essas condições estão criadas na candidatura do PSB e o PT acerta ao fazer parte desse desafio, principalmente por ser o berço politico no Rio Grande do Norte, e a maior cidade brasileira governada por nosso maior adversário: o DEM.


Agora o que nos compete é unificar o partido, nos integrarmos à campanha, na coordenação e na elaboração de um programa que aplique no município as mesmas linhas e preocupações sociais do governo da Presidenta Dilma, indicar um nome pra compor a chapa majoritária no cargo de vice, apresentar uma chapa proporcional capaz de garantir ao partido o retorno à Câmara Municipal, recuperando as vagas que já ocupamos e, junto com os demais partidos, construirmos a vitória de Larissa à prefeitura de Mossoró.


Fátima Bezerra
Deputada Federal PT


OPINIÃO DO BLOG:
Com todo o respeito à combativa deputada federal Fátima Bezerra, mas o conteúdo da nota acima é preocupante. No mínimo incompatível com alguém que construiu sua trajetória política militando nos movimentos sociais e na defesa da democracia e da livre expressão do contraditório. Fátima enaltece uma "decisão" da Executiva Nacional, mas omite que essa decisão passou por cima de uma deliberação da maioria dos filiados do PT de Mossoró, manifestada democraticamente através do voto direto. O desejo dos dirigentes nacionais do PT de unificar a base é legítimo, mas isso tem limites. Na democracia nada pode ser maior do que a manifestação popular, expressa através de consulta e voto direto. Além disso é preocupante quando uma deputada como Fátima afirma que a tarefa principal de seu partido é derrotar o DEM. Por ser professora, seria mais coerente dizer que a tarefa principal seria a defesa de uma educação pública e de qualidade, que permita ao jovem brasileiro mais carente não depender da política de cotas para poder entrar na universidade. Além disso, é inconsequente imaginar uma democracia onde não exista oposição. O governo do presidente Lula e agora da presidenta Dilma representam diferenciais na república brasileira. Mas isso não dá o direito de imaginar que não exista oposição. O contraditório é indispensável na democracia. Até mesmo para que o cidadão tenha referencias para poder comparar. O Brasil já viveu períodos em que a manifestação da maioria não tinha importância e que a oposição simplesmente era eliminada. Mas esse é um período, tenho certeza, que não deve servir de referência para a deputada Fátima Bezerra. Desta forma, só nos resta torcer que os comentários dela sobre o caso do PT de Mossoró tenham sido fruto de um equívoco.

Sortidas...(31 mai)

Balaio político.

Próximas postagens - O blog continuará postando matérias sobre os últimos fatos da política grossense. Não com a velocidade que gostaria, é claro, mas sempre tentando abordar temas ainda não discutidos ou pouco explorados na net. Por ora, posso adiantar pelo menos os títulos de algumas postagens futuras como "O Criador se abstém", "A memória maculada do Sindicato do Garrancho", "Baile à fantasia", "O mito de Davi contra Golias", dentre outras. É aguardar pra conferir.

O poder que vem lá de cima - A moda do momento é a intervenção dos caciques políticos nas decisões locais de seus liderados. Em Mossoró as 'ordens do alto' já vitimaram o vereador Genivan Vale (PR) e o reitor Josivan Barbosa (PT), podendo ainda alcançar outros políticos. Quanto a Grossos essa tendência foi bem sucedida na situação e caminha agora para celebrar a união até então improvável de João Dehon (PMDB) com Enilson (DEM).

'Democracia' petista é totalitária - Um poço de incoerência. É o que o Partido dos Trabalhadores se transformou nos últimos tempos. A decisão da Executiva Nacional de barrar a candidatura própria do partido em Mossoró representa bem as contradições da legenda. No fim das contas a ágora petista virou uma farsa, revelando que na prática a democracia interna do PT é manipulada pelo totalitarismo dos seus dirigentes.

"Nem parece que o tempo passou"- Esta frase foi dita pelo locutor da reunião do PMDB ocorrida semana passada em Grossos. Suas palavras se referiam à atmosfera política recriada a cada 4 anos pelos eleitores de João Dehon. Apesar das sucessivas derrotas eleitorais, a motivação deles permanece inabalável. Já acompanhei de perto várias campanhas na cidade, mas ainda não consigo ficar menos impressionado com o que vi na última sexta (25). Realmente, uma das mais belas demonstrações de apoio popular que já testemunhei.

'Ex-primeiro-ministro' não disputará reeleição - O presidente do PMDB de Grossos, o vereador Marcos Bizerra, não tentará a renovação do seu mandato este ano. A informação foi dada por João Dehon no encontro do partido realizado há poucos dias. Eminência parda do governo municipal quando seu primo foi prefeito, Marcos ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto, embora fontes ligadas à oposição apontem possíveis pendências na justiça eleitoral como causas dessa desistência.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Inacreditável!

Decisão histórica.

Hoje quando li a notícia sobre a legalidade da greve da UERN no twitter de Carlos Santos pensei que o blogueiro havia cometido um erro de digitação. Sei lá, talvez ele tivesse esquecido de colocar o "i" antes da palavra legalidade. De pronto não acreditei na informação, custei a cair na real. Mas logo que processei a boa nova fiquei em estado de êxtase! Cogitei até comprar uns fogos pra soltar no quintal lá de casa. Tudo isso por conta da inédita decisão da juíza Sulamita Pacheco, que corajosamente contrariou os interesses do Governo Rosalba em defesa da educação do estado. Num país onde governantes e tribunais entendem em sua maioria que a greve é um direito constitucional associado a uma punição, o despacho da magistrada deve ser colocado numa moldura para contemplação das futuras gerações. Eu particularmente estou propenso a fazer isso para daqui a 10, 15 anos mostrar a meu filho que nem tudo está perdido, e que sempre haverá motivos para acreditar num mundo melhor.  

terça-feira, 29 de maio de 2012

Emílio, o filho adotivo da oposição.

O bom filho à casa retorna.

Emílio "Paz e Amor" com a oposição.
Coração de mãe não tem tamanho. É infinito e nele sempre cabe mais um. A oposição de Grossos conhece bem esse ditado, e recentemente passou a aplicá-lo até nas conversas com dirigentes de outros partidos para fortalecer seu grupo nas próximas eleições. Prova disso foi a acolhida dada ao ex-bancário Francisco Emílio de Oliveira (PDT). Ele foi adotado politicamente pela ala oposicionista comandada por João Dehon (PMDB) e parece estar bem à vontade no seu novo lar.

A chegada de Emílio no ninho dos bacurais não foi produto do acaso ou resultado do 'incrível' poder de articulação do líder peemedebista. Pelo contrário, sua vinda para a 'Casa Verde', novo quartel general da oposição, foi arquitetada pelo próprio prefeito, que descartou o ex-correligionário para atender os interesses do empresário Caxica. Como se vê, João contou novamente com a ajuda do seu ilustre apoiador, aquele mesmo com assento no Palácio José Marcelino.

Mas não foi só por isso que o topógrafo topou esquecer as desavenças políticas do passado. Sua escolha se deu principalmente por eliminação, já que votar no DEM local não lhe pareceu a melhor alternativa. No mais, encampar um projeto de candidatura própria a essa altura do campeonato era inviável sem a força de um padrinho político influente. A propósito, esta última motivação está na raiz de todas as causas que compeliram o pedetista a mudar de palanque, pois o mesmo ainda nutre a esperança de se candidatar com o aval do ex-prefeito agora aliado. 

Negócio da China

 Pra ninguém botar defeito.

O presidente do PDT de Grossos está sonhando de olhos abertos. Sua ida inusitada para a oposição não ocorreu assim de mão beijada, mas sob a condição de ser o cabeça de chapa caso a candidatura de João Dehon não vingue. Nesse contexto, Emílio, como 'mui amigo' que é do peemedebista, torce pela confirmação do impedimento dele junto à Justiça Eleitoral. É que ao menos em tese o acordo firmado entre ambos é para o pedetista um negócio da China, dado o risco iminente do líder do PMDB não lograr êxito em concorrer à Prefeitura. Vendo por esse prisma, o trato dos ex-adversários é extremamente vantajoso para um dos lados, o que suscita uma ponta de dúvida quanto à sua real efetivação ou os 'efeitos colaterais' dele decorrentes. Afinal, quando a esmola é demais o santo desconfia, e tratando-se de política é sempre bom ficar com um pé atrás (ou seriam os dois?) para certos tipos de propostas irrecusáveis.

O ilusionista

                                                                 A arte da ilusão e seus adeptos na política.

Política também é a arte de vender sonhos, ilusões. E se engana quem pensa que elas são usadas apenas para ludibriar a massa de eleitores. Na verdade, até lideranças experimentadas no ramo não estão imunes à manipulação da própria capacidade onírica. Essa situação pode estar sendo vivenciada pelo presidente do PDT grossense.

Portador de um projeto ambicioso que visa chegar à Prefeitura pelas mãos da oposição, Emílio mantém-se aliado de João Dehon na esperança de receber apoio dele para uma provável candidatura sua nessas eleições. O problema é que nesse jogo nenhuma hipótese deve ser descartada, inclusive aquela segundo a qual João estaria valendo-se da mesma artimanha do prefeito, qual seja, uma promessa, para manter o pedetista 'sob controle'.

Assim, o líder do PMDB desfalca o governo e coloca os palacianos sob forte artilharia. E mais: administra o tempo a seu favor, pois o passar dos dias dificulta uma nova guinada do ex-adversário, fato que jogaria seu discurso num total descrédito. Ademais, a inelegibilidade do peemedebista não virá automaticamente com a presença do seu nome na lista do TCE. Vai demorar mais um pouco e até lá já será tarde demais para Emílio abandonar o barco.

Condições favoráveis

Bons ventos da oposição impulsionam sonho de Emílio
Ambiente propício.

Se João Dehon não for confirmado na majoritária e Emílio receber dele a unção para concorrer no seu lugar, o ex-bancário não enfrentará tanta resistência para angariar simpatia junto àquela ala da oposição. Sei que uma simples indicação do peemedebista tem um peso enorme sobre a decisão do seus correligionários, porém há que se observar outros elementos facilitadores desse projeto audacioso do PDT local.

O primeiro deles diz respeito à extrema dependência política daquele grupo à liderança de uma única pessoa. João sempre concentrou as atenções em si e desde 2005 não trabalha um nome para substituí-lo, mesmo dispondo de bons quadros na sua base como o da própria irmã, Simone de Fátima, que ao que parece não deseja encarar a disputa fratricida pelo poder na cidade.

domingo, 27 de maio de 2012

Darcy Ribeiro, almanaque da política brasileira.

Por Genildo Costa.*

Foi-se o tempo em que as referências bibliográficas serviam como necessidades básicas de nosso aprendizado; caminhavam a passos largos, quase sempre em todas as instâncias de nosso cotidiano. Na verdade, dificilmente se divaga sobre nossas cabeças personalidades ilustres que até então fazem parte da constelação de valores desse imenso almanaque chamado Brasil.

Diria até que são inúmeras as referências. Algumas certamente vamos ter dificuldades de encontrá-las, já outras são mais perceptíveis. Até porque para os mais inquietos haverá de existir sempre a curiosidade de saber da consciência anárquica dos poucos que permanecem tatuados na memória do povo brasileiro.

Que jamais percamos de vista a dinâmica da velocidade que nos enclausura. Nos faz de reféns e nos rouba a possibilidade de imprimirmos a marca do ser univérsico. Antenado, apto a entender que nesse almanaque vamos sempre encontrar régua e compasso para pensarmos o Brasil que queremos e sonhamos ter.

sábado, 26 de maio de 2012

Ainda bem que eu sou humano

Inerente à própria natureza do ser.

O blog tem registrado nos últimos dias um aumento expressivo no número de acessos. Desde segunda passada (21/05), as visualizações da página chegaram a alcançar um patamar 7 vezes superior ao normal. O motivo do súbito interesse pelo site passa obviamente pela sucessão grossense, porém não se resume à mera procura por informações da política local. As pessoas não querem saber apenas o que está acontecendo, mas o que o editor do blog pensa sobre os fatos. Querem, portanto, beber da minha PARCIALIDADE, mesmo discordando na maioria das vezes dos pontos de vista aqui apresentados. Aliás, não há nenhum problema em admitir a minha falta de isenção (veja o LINK). Ser imparcial nunca foi e nem será o propósito da Opinião reversa, pois o seu idealizador continua humano o bastante para prescindir de falsos predicados. 

Saiba mais sobre o mito da imparcialidade AQUI e AQUI.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Para os tempos de agora


Por Genildo Costa.*
Quando as nossas possibilidades de se fazer do tamanho que queremos se esgotam, o jeito mesmo é apostar na máxima de Nelson Rodrigues. Para esses tempos de agora, é muito provável que a unanimidade aconteça na sua totalidade. Estamos bem perto de um novo embate que pode acontecer no campo das ideias ou mesmo no campo dos interesses particulares. Até então ouço vozes que sequer atentam para uma discussão em torno das aspirações do baixo clero. Trato assim, pois tenho dúvida quanto ao fazer político de nossa contemporaneidade.

Insisto em não acreditar na expressão 'toda unanimidade é burra'. O momento é por demais oportuno para se pensar em fazer o mínimo de esforço a fim de se entender o fazer político desses tempos de agora. Quero me antecipar em dizer com convicção de que não será nunca a unanimidade burra. Da forma como procedem os protagonistas da política provinciana, salvo raras exceções, predomina o tamanho da vontade de continuar freqüentando com assiduidade os mais renomados templos consumistas do capitalismo selvagem. Seria então nessas vitrines que acontecem os mais absurdos expedientes da nossa cultura política.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tem que 'engolir'!

Estilo Zagallo.

Enfim, o escolhido. O vereador Marcos Alexandre (PSB) agora é o único pré-candidato a prefeito da situação para o pleito de outubro em Grossos. A escolha do edil socialista representa uma derrota pessoal para o gestor do município. Desde sempre ele vinha relutando contra essa decisão forçada. E mais: não escondia isso de ninguém. Sua indiferença e pouco entusiasmo sobre a sucessão grossense atestam a sua resistência quanto a confirmação de Alexandre para a disputa na majoritária.

Outro indício de insastifação veio com o anúncio da decisão ocorrido na residência do chefe do Executivo. Na oportunidade, Veronilde deixou claro que não iria usar a máquina administrativa para beneficiar o seu candidato. Na prática, valeu-se de um eufemismo, usando o discurso da probidade para dizer o seguinte: não contem comigo nesta campanha! Dessa forma, ele lava as mãos pela candidatura do colega de partido e de quebra zela pela imagem de político austero. É o mínimo que se podia fazer depois que Sandra  Rosado e Caxica o obrigaram a abdicar da função de condutor do processo sucessório, restabelecendo o seu papel de liderado e não mais de líder.

Leia também: Gangorra governista - Entre a cruz e a espada.

A oposição agradece

Prefeito facilita vida dos opositores.

Enquanto o prefeito e setores do governismo local tiveram de 'engolir' a confirmação de Alexandre como candidato do grupo, a oposição degustava de camarote a escolha dos seus adversários. Com a decisão, Veronilde se afirma como o maior cabo eleitoral de João Dehon (PMDB) na cidade. Não bastasse a sua administração capenga, responsável em grande parte por manter o ibope elevado do peemedebista, ele também o presenteou com muita munição política.

E a oposição, se ainda não tinha um discurso pronto, agora acaba de ganhar um. Provavelmente deve ir às ruas entoando uma retórica contra a instauração de uma oligarquia familiar no município, o que em tese prejudicaria a alternância de poder.

Além disso, o chefe do Executivo grossense desconsiderou a máxima que diz que a união faz a força. A demora excessiva em tomar uma decisão, a falta de critérios claros e objetivos para escolher um nome e a ausência de sintonia com correligionários importantes geraram muita desconfiança e discórdia entre seus seguidores. A unidade do grupo foi minada por ele mesmo, fato este confirmado pelo rompimento de Emílio e a conversa preliminar (pasmem!) do PC do B, aliado de primeira hora, com o DEM de Enilson.

As opções descartadas

Cartas fora do baralho.

Poderia ser mais difícil. Esta é, sem dúvida, a avaliação da maioria dos opositores do prefeito de Grossos. Não que o candidato escolhido por ele não seja competitivo. Muito pelo contrário, o potencial eleitoral do vereador Alexandre não pode ser subestimado assim como o de Veronilde foi em 2008. Contudo, a meu ver, enfrentar Cínthia Sonale, Emílio ou Cateca seria uma missão mais espinhosa para o grupo oposicionista.

A primeira porque teria mais facilidade de atrair o público jovem, além de transmitir uma pseudo ideia de renovação na política (a 1ª prefeita do município!), já que mantendo a mesma correlação de forças pouca coisa haveria de mudar. Quanto ao carisma da virtual concorrente, um marketing bem feito resolveria esse problema.(Quem não lembra do tímido político de Areias Alvas ao assumir a Prefeitura em 2005?).

Com juros e correção

A cobrança tarda, mas não falha.

A escolha do sobrinho de Caxica para representar o governo municipal nas próximas eleições tem causas que remontam 2005. Em meados daquele ano o então vice-prefeito se viu diante do maior desafio da sua vida: assumir a Prefeitura de Grossos após a morte de Dehon Caenga. Inexperiente e sem a firmeza para enfrentar a oposição ávida pelo poder, o mandatário de Areias Alvas encontrou amparo político nos braços do patriarca da família Santos. Este fez questão de conduzi-lo ao Palácio José Marcelino, oferecendo-lhe segurança e proteção através do apoio das deputadas Sandra e Larissa Rosado. 

As parlamentares blindaram o jovem prefeito contra as intempéries de seus dois mandatos, incluindo uma CPI no início do primeiro deles. Mas não pensem que o empresário do ramo salineiro fez tudo isso em nome da fraternidade cristã. Cada gesto 'solidário' de outrora teve um custo político que foi prontamente debitado na conta do gestor pessebista. Hoje Caxica está colhendo o que plantou 7 anos atrás, e ao apresentar a fatura ao seu ilustre devedor não espera dele outra coisa que não a reciprocidade como forma de pagamento.     


Lutando contra o próprio destino político

O inevitável sempre vem!

Antes de aceitá-lo como uma fatalidade, o prefeito lutou contra o seu destino político. Enquanto alguns dos seus aliados se autoproclamavam pré-candidatos e nenhum deles o agradava, ele resolveu mexer no tabuleiro sucessório inserindo nomes de sua predileção. Foi assim que Cínthia Sonale e Girlene passaram a figurar nas especulações. As duas eram o último fio de esperança do pessebista, que queria emplacar alguém da sua estreita confiança para garantir maior sobrevida no poder e sossego após a entrega do cargo.

Pesquisa fajuta

Um artifício para consolar os descontentes.

A definição do grupo situacionista local pôs fim a um dos maiores engodos do período pré-eleitoral em Grossos: a pesquisa para a escolha do candidato governista. A verdade sobre o resultado dessa sondagem não virá à tona tão cedo, porque os seus dados foram feitos para serem manipulados de acordo com a conveniência política. É difícil imaginar que Caxica e Alexandre não sabiam desses números há mais tempo. Mesmo assim, o vereador do PSB chegou a cogitar a desistência de sua postulação ao cargo máximo do município. E só não abortou de vez seu projeto de poder, porque confiava piamente na capacidade de persuasão da filha de Vingt Rosado. 

A ex-favorita

Querer não é poder. 

Em um dado momento da pré-campanha grossense o nome da ex-secretária de Ação Social parecia consolidado para representar o governismo nas urnas. Ela era a favorita do prefeito, que fez o possível para lhe dar visibilidade. Com tal fim, ele a designou para cargos importantes da administração. A princípio, Cínthia ocupou uma diretoria de saúde, mas seu padrinho logo percebeu que nessa função não haveria como projetá-la a contento. É que na pasta controlada pela família Santos partilha de poder é uma expressão proibida. Sabendo disso e querendo evitar certo mal estar com o vereador Alexandre, o mandatário de Areias Alvas deu boas vindas à sua auxiliar no primeiro escalão do governo. Na elite do secretariado municipal, ela teve sua imagem vinculada ao programa Renda Cidadã, além de aparições privilegiadas no carnaval e encontros nos bairros para popularizar o seu nome. Todo esse esforço, no entanto, foi em vão já que no fim das contas a vontade do prefeito sucumbiu frente aos interesses dos políticos aos quais deve prestar continência.

domingo, 13 de maio de 2012

Falar é fácil; calar-se também.

O que é mais cômodo?

Apontar os erros de terceiros é mais fácil que tentar executar no lugar deles o trabalho alvo de protestos. Mas quando essas pessoas contestadas são políticos detentores de cargo eletivo, os questionamentos, desde que pertinentes, são sempre válidos. Ora, não possuímos as mesmas prerrogativas que eles e tampouco podemos intervir diretamente nas decisões, restando-nos apenas o papel de vigilantes das suas ações.

Com base nessas premissas, a Opinião reversa tem adotado uma postura bastante crítica em relação aos representantes dos poderes Executivo e Legislativo em Grossos. Não que eles não tenham realizado algo de positivo à frente dos seus mandatos. De forma alguma! O objetivo aqui não é sustentar um discurso maniqueísta fundado na luta do 'bem' contra o 'mal', até porque na prática todos são muito parecidos.

A grande questão é como silenciar numa cidade onde governo não governa, vereadores quase não legislam e nem fiscalizam o prefeito e a oposição não se opõe a nada! Do jeito que a coisa anda a incontinência verbal ou escrita deixou de ser opção. Ela é compulsória e obriga os munícipes insatisfeitos a se manifestarem contra o descaso político ao qual relegaram a pequena urbe salineira.

sábado, 12 de maio de 2012

O PT oligárquico

Uma minoria intransigente.

A Executiva Nacional do PT está prestando um grande desserviço à capital do oeste potiguar. Para favorecer o PSB de Sandra Rosado, ela tenta impedir de todas as formas que o reitor Josivan Barbosa concorra à Prefeitura da 2ª maior cidade do RN. Por último, chegou ao cúmulo de editar uma resolução que condiciona as alianças e candidaturas do partido à aprovação da direção nacional , no caso dos municípios com mais de 200 mil habitantes. A medida tem o objetivo específico de mudar o rumo político da legenda em Duque de Caxias(RJ) e Mossoró. É uma intervenção disfarçada, que revela o quanto a alta cúpula petista se assemelha aos grupos tradicionais os quais deveria combater e não se aliar.

E Mossoró com isso?!

Toda a celeuma em torno da candidatura petista em Mossoró ocorre por conta da eleição paulistana. Na sucessão da maior cidade brasileira, Lula empurrou 'goela abaixo' dos companheiros o nome do ex-ministro da educação Fernando Haddad. O problema é que o pupilo do ex-presidente não consegue superar os 3% nas pesquisas de intenção de voto. Nessas circunstâncias delicadas, o apoio do PSB paulista a Haddad passou a ter peso de ouro, o que tem impelido a Executiva nacional do PT a pedir a cabeça de Josivan para cumprir os termos do trato com os 'socialistas', beneficiando assim parte do clã Rosado. Esse 'acordão' é no mínimo injusto com o eleitor mossoroense, que não pode pagar o pato pelas escolhas de caciques políticos indiferentes ao futuro da sua cidade.

A resistência.

A pressão do 'donos do partido' em nível nacional provocou a primeira baixa no PT de Mossoró. Antevendo tempos ainda mais turbulentos, o presidente local da legenda, o professor Valdomiro Morais, já pediu afastamento do cargo. Mas apesar de tantas adversidades, o pré-candidato petista não desiste. Depois da aprovação da tal resolução partidária, Josivan segue irredutível e marcou até a convenção municipal do partido para o dia 10 de junho. O evento promete fortes emoções e é imperdível para quem vem torcendo pelo êxito do reitor nesta difícil missão de dar uma cara própria à sigla da estrela solitária.     

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tensão pré-eleitoral

TPE: a prevenção é o melhor remédio.  

A proximidade de uma nova campanha eleitoral em Grossos tem o condão de aflorar as diferenças políticas nem sempre tão perceptíveis em outros momentos. Por conta disso uma prosa descontraída transforma-se facilmente em discussão acalorada, sobretudo quando dela não se exclui o componente emotivo. Daqui pra frente, uma dose de tensão será adicionada às conversas que tratam da corrida sucessória. E quem ousar falar sobre política municipal estará enveredando por um terreno movediço, que inspira cuidados para não romper a tênue linha divisória que separa o bom senso dos extremos de opinião.

sábado, 5 de maio de 2012

No topo do mundo

O mundo é cor de rosa!

A governadora Rosalba Ciarlini virou definitivamente estrela do twitter. Na manhã de ontem, ela conseguiu destaque internacional, encabeçando a lista dos assuntos mais comentados do mundo na rede de microblogs. A proeza foi resultado do esforço conjunto dos críticos da sua gestão, que mantiveram a hastag #ForaGovernadoraRosalba na liderança dos Trending Topics para repercutir o caos administrativo no estado. Com tanta divulgação gratuita na internet, bem que a 'democrata' poderia gastar menos com propaganda oficial e destinar parte dos recursos para honrar compromissos com os servidores em greve.

Leia também: #ForaGovernadoraRosalba entre os assuntos mais comentados do mundo no twitter.

terça-feira, 1 de maio de 2012

A Rosa no 1º lugar do twitter

Destaque merecido.

Por essa Ravengar não esperava. A rejeição ao governo comandado por ele no RN saltou das pesquisas de opinião para as redes sociais e lá vem fazendo 'bonito'. Neste 1º de maio, a desastrosa gestão do DEM ganhou repercussão nacional no twitter através da hastag #RosalbaVergonhadoRN. Durante a manhã do feriado, o assunto alcançou o topo dos mais comentados no Brasil dentro da rede de microblogs. O protesto virtual foi tão vigoroso que por alguns momentos alcançou a 7ª posição do twitter mundial. A reação dos internautas potiguares talvez sirva de alerta para o mago político do Democratas. Com o advento da web, ficou mais difícil reproduzir o reino de Avilan no estado, razão pela qual deve dobrar os esforços para estancar a publicidade negativa gerada pelo (des)governo da sua esposa.

Leia também:
Potiguares projetam nacionalmente reprovação de Rosalba Ciarlini
"Rosalba, vergonha do RN" chega ao topo do twitter.