domingo, 30 de outubro de 2011

Quem disse que a governadora não vai apoiar o candidato do DEM?


Se numa cidade a governadora tem à disposição dois nomes de sua base para apoiar, e somente um deles pertence a seu partido, é natural que ela aposte no seu colega de legenda. Porém, a escolha não será nada fácil se o outro aliado tiver obtido mais de 3.000 votos na eleição anterior. Tal situação reflete o momento político protagonizado por João Dehon e Enilson em Grossos, ambos à espera de uma decisão de Rosalba e Carlos Augusto visando à sucessão municipal.

Em breve no blog: Por enquanto, nenhum dos dois.

Enquanto o casal mais poderoso do Estado não se define, cada pré-candidato tenta mostrar para os seus correligionários que reúne mais condições de ser indicado. Isto pôde ser verificado nas convenções do PMDB e do DEM realizadas recentemente na cidade.

Como a dos bacurais ocorreu primeiro, coube a Enilson apagar a 'má impressão' deixada pelos seus adversários no dia anterior. Para tanto, não mediu esforços. Trouxe ao seu evento o secretário estadual de Agricultura, Betinho Rosado, irmão do manda-chuva do Estado. Tudo para provar que a Governadoria vê com bons olhos as suas pretensões políticas no município.

Além disso, o ex-vereador exaltou no discurso a sua lealdade histórica ao grupo liderado pelo marido da Rosa. No final das contas, conseguiu ao menos levar algum conforto aos seus eleitores, trocando a dúvida por uma certeza momentânea. Como esta vai expirar em breve, ele precisa correr contra o tempo para viabilizar-se como candidato. 

Leia também: A ordem de preferência.

Tarefa essa difícil, mas não impossível. Prova disso são os resultados das eleições de 2004 e 2008 nos quais ex-prefeito João Dehon praticamente não ampliou o seu número de eleitores. O avanço tímido das suas intenções de voto revela uma grande rejeição ao seu nome, fator que muito interessa ao pré-candidato do DEM.

Outra importante observação está ligada ao desempenho de João durante a campanha. Geralmente sua candidatura perde fôlego, abrindo espaço para a ascensão dos seus concorrentes. São esses detalhes que podem fazer a diferença no convencimento da cúpula do Governo do Estado. Caso Enilson consiga demonstrar que há pouca resistência ao seu nome, sendo ele o candidato com mais chances de crescimento, a fatura estará liquidada, restando ao preterido trilhar o seu caminho sem a benção do Rosalbismo.*

*Essa postagem foi escrita antes da visita da governadora, razão pela qual não me refiro aos novos indícios que surgiram com a sua vinda a Grossos. Contudo, não considero que o cenário tenha sofrido tantas mudanças. O impasse continua e ainda deve render muitas emoções nos bastidores.  

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