Num confronto indireto de prestígio, eles ensaiaram ali mesmo no palanque o primeiro duelo público. Tudo começou porque o ex-vereador do DEM conseguiu driblar o cronograma de discursos elaborado pela coordenação de campanha. A princípio, não estava previsto o pronunciamento de nenhum partidário grossense. É tanto que a locução do evento já havia anunciado José Agripino para falar quando teve que refazer a sequência de oradores, inserindo de última hora o nome de Enilson. Essa manobra pegou de surpresa o ex-prefeito petista que, às pressas, foi incluído no mesmo rol, evitando assim um constrangimento maior.
O fato narrado aqui é apenas um aperitivo do que está por vir, pois no próximo ano a principal chapa de oposição em 2008 deve ser desmembrada em duas candidaturas competitivas. Marchando em lados opostos, os políticos dessa antiga composição são a garantia de um embate eleitoral dos mais acirrados. Por isso, nenhum deles quer perder o apoio do casal mais poderoso do estado.
Nessa briga pelas atenções do Executivo potiguar, a dúvida recai sobre o critério a ser usado para ungir o escolhido da Rosa: se a condição de aliado histórico ostentada por Enilson ou a forte liderança de João já comprovada nas urnas. Enquanto a governadora não se decide, os dois correligionários se enfrentam de forma velada para conquistar um lugar à sombra do poder estadual.
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