Autofagia. Esse é o nome dado a uma importante função desempenhada pela célula na qual ela destrói algumas de suas próprias estruturas para renovação do conteúdo citoplasmático. Saindo da biologia e entrando na política, vemos que o mesmo termo é empregado para designar a autodestruição de um partido ou grupo que concorre ao poder.
Sendo assim, podemos dizer que a oposição em Grossos é autofágica. Está devorando a si própria porque não consegue debater outra coisa que não seja picuinha política. Enquanto se perde num desgaste desnecessário, ela municia seus adversários com argumentos, dando-lhes a tranquilidade para se reorganizarem com vistas ao próximo embate ns urnas.
domingo, 30 de outubro de 2011
Por enquanto, nenhum dos dois
A discussão sobre quem será o indicado do Governo estadual para concorrer à Prefeitura de Grossos ganhou força depois da presença da Rosa na cidade. A falta de um lugar à mesa de autoridades e o fato de não ter sido citado durante a fala da democrata indicam que Enilson(DEM) está em desvantagem em relação ao ex-prefeito João Dehon(PMDB). Mas isso já era do conhecimento de todos e não significa que a governadora resolveu o impasse. Por enquanto, ela prefere distribuir afagos para os dois lados e mantê-los esperançosos por uma decisão favorável. Com essa estratégia o governo ganha tempo e evita um desgaste maior junto ao aliados que, pelos menos até a escolha do candidato, devem morrer de amores pela ala dos Rosado controlada por Carlos Augusto.
Lobos famintos
Quando soube da
inauguração do escritório da Emater em Grossos tive a preocupação
de garimpar alguns detalhes sobre o evento, principalmente no tocante
ao comportamento dos políticos da cidade diante da autoridade máxima
do estado.
Com este fim, entrei em
contato com uma amiga, que apesar de se considerar avessa à
política, descreveu com muita precisão o que ocorreu no Centro
Juvenil na última sexta-feira.
Ela me disse que as lideranças
municipais cortejavam o casal mais influente do RN como se fossem lobos famintos em volta de um banquete.
Montando o quebra-cabeça...
A presença da
governadora em Grossos na última sexta-feira(28/10) foi, depois das
convenções partidárias, o principal evento político do ano na
cidade. Infelizmente, não pude comparecer ao Centro Juvenil naquela
manhã, o que me faz refém dos relatos feitos pelos blogs locais.
Tal situação exige certa cautela para escrever sobre o assunto, visto que as fontes podem moldar ou omitir as informações conforme suas preferências políticas.
E isto, diga-se de passagem, é absolutamente válido, pois a parcialidade é inerente à condição humana, não havendo, portanto, nenhum problema em construir a sua pŕopria versão dos fatos.
Tal situação exige certa cautela para escrever sobre o assunto, visto que as fontes podem moldar ou omitir as informações conforme suas preferências políticas.
E isto, diga-se de passagem, é absolutamente válido, pois a parcialidade é inerente à condição humana, não havendo, portanto, nenhum problema em construir a sua pŕopria versão dos fatos.
Como já era esperado, os diários virtuais seguiram à risca essa premissa e descreveram o mesmo acontecimento com enfoques diversos.
Quem disse que a governadora não vai apoiar o candidato do DEM?
Se
numa cidade a governadora tem à disposição dois nomes de sua base
para apoiar, e somente um deles pertence a seu partido, é natural
que ela aposte no seu colega de legenda. Porém, a escolha não será
nada fácil se o outro aliado tiver obtido mais de 3.000 votos na
eleição anterior. Tal situação reflete o momento político
protagonizado por João Dehon e Enilson em Grossos, ambos à espera
de uma decisão de Rosalba e Carlos Augusto visando à sucessão
municipal.
Em breve no blog: Por enquanto, nenhum dos dois.
Enquanto
o casal mais poderoso do Estado não se define, cada pré-candidato
tenta mostrar para os seus correligionários que reúne mais
condições de ser indicado. Isto pôde ser verificado nas convenções
do PMDB e do DEM realizadas recentemente na cidade.
O Papa-Léguas está de volta
Há onze anos uma famoso desenho animado entrava para o folclore político de Grossos. Numa campanha eleitoral acirradíssima, o ex-prefeito Duquinha teve que "voar baixo" para eleger o seu sucessor. Incorporou a rapidez de um personagem bastante conhecido pelas crianças, o que logo o fez ganhar o apelido de Papa-Léguas.
Da TV para os palanques, a animação deu sorte aos seus novos amigos e estreou com pé direito na arena política grossense. O sucesso foi tanto que ela virou até símbolo da vitória do grupo situacionista nas eleições de 2000.
Mas os anos se passaram e ficou cada vez mais difícil o ex-prefeito continuar se espelhando naquela figura simpática dos programas infantis. Ele já não conseguia mais repetir o mesmo desempenho nas pistas. Longe do poder, definhou politicamente e hoje só é lembrado porque as disputas eleitorais na cidade continuam equilibradas, o que ainda lhe confere alguma influência.
Da TV para os palanques, a animação deu sorte aos seus novos amigos e estreou com pé direito na arena política grossense. O sucesso foi tanto que ela virou até símbolo da vitória do grupo situacionista nas eleições de 2000.
Mas os anos se passaram e ficou cada vez mais difícil o ex-prefeito continuar se espelhando naquela figura simpática dos programas infantis. Ele já não conseguia mais repetir o mesmo desempenho nas pistas. Longe do poder, definhou politicamente e hoje só é lembrado porque as disputas eleitorais na cidade continuam equilibradas, o que ainda lhe confere alguma influência.
domingo, 23 de outubro de 2011
A farsa da política tupiniquim
Por Genildo Costa*
Costumo
dizer que o senso comum às vezes nos ajuda a compreender situações
que estão intrinsecamente ligadas ao cotidiano de nosso povo. Assim
sendo, fico cá com meus botões matutando pra de vez em quando
assumir acertos e equívocos quando o tema é a partidarização de
nossos interesses e sentimentos.
Diria que
aos meus olhos nada de novo. Nada! Insisto em continuar não
acreditando na pirotecnia da política rasteira e leviana. Como
sempre, farto da palavra vazia e não muito crédulo para com os
pretensos domadores da próxima cena da política tupiniquim.
Decerto, virá a mesma alegoria, para um cortejo de pouca ou de
nenhuma inovação no que diz respeito às transformações
possíveis. Se nada foi alterado e tudo foi acontecendo gradualmente,
sem a percepção dos serviçais da corte, é claro, que não é hora
de se fazer vitrine para o embate vindouro.
domingo, 16 de outubro de 2011
A 'maior preocupação' de Grossos
O que mais preocupa
Grossos neste momento? Quais as necessidades urgentes do povo
grossense? Se você ainda não sabe a resposta para as essas questões
certamente não assistiu à convenção do DEM no último dia 25/09
na Câmara Municipal. No evento, o pré-candidato a prefeito pelo
partido foi categórico em afirmar que a maior preocupação dos
munícipes era (acredite se puder!) a construção de uma ponte
ligando Grossos a Areia Branca.(Ver o post “A Ponte e o Desenvolvimento"). Para dar veracidade à sua grande descoberta, o
ex-vereador chegou a dizer que até uma criança de 4 anos apontaria
a tal ponte como a principal reivindicação da população, desejo
este supostamente emanado da voz das ruas.
Pequenas observações praianas
Por Bruno Sérvulo C. Leite.*
Ela estava
modestamente vestida; o seu traje era barato, mais ajeitado no estilo
da moda, ao gosto e segundo as regras que regem o seu pequeno mundo
especial. Consagrado a um fim declarado e vergonhoso. As suas vestes
não eram só velhas, mas até rotas, no que eu reparei, e, no
entanto, àquela evidente pobreza no vestir dava-lhe um aspecto de
dignidade especial que se encontra sempre nas pessoas que sabem usar
um traje pobre.
Isso sem falar que parecia ter muito menos idade do que tinha, e isso costuma acontecer às mulheres eu conseguem conservar a limpidez da alma, e o honesto e puro frescor do coração, até a proximidade inevitável da velhice. Diria que conservar esses atributos femininos seria um meio de não perder a beleza até na velhice. Ela só tinha vinte e poucos anos...
domingo, 9 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
O camelo e as varetas flutuantes
O primeiro homem que viu um camelo fugiu; o segundo se aventurou a chegar perto; o terceito ousou passar um laço pelo seu pescoço. Nesta vida, a familiaridade domestica tudo, pois o que pode parecer terrível ou bizarro, quando nosso olhar tem tempo para se acostumar, torna-se comum.
E, por falar nisso, ouvi dizer que umas sentinelas que vigiavam a praia vislumbraram ao longe algo flutuando, não resistiram e gritaram: "Uma vela! Uma vela! Um poderoso navio de guerra!". Cinco minutos depois era um barco à vela, depois um esquife, em seguida um fardo e, finalmente, algumas varetas flutuando. Sei de muita gente a quem esta história se aplica - gente a quem a distância amplia, mas que de perto não vale nada. *
*Fábulas Selecionadas, Jean de La Fontaine(1621-1695).
E, por falar nisso, ouvi dizer que umas sentinelas que vigiavam a praia vislumbraram ao longe algo flutuando, não resistiram e gritaram: "Uma vela! Uma vela! Um poderoso navio de guerra!". Cinco minutos depois era um barco à vela, depois um esquife, em seguida um fardo e, finalmente, algumas varetas flutuando. Sei de muita gente a quem esta história se aplica - gente a quem a distância amplia, mas que de perto não vale nada. *
*Fábulas Selecionadas, Jean de La Fontaine(1621-1695).
sábado, 1 de outubro de 2011
A Comédia da Vida Política de Grossos
Uma das características
da população mais carente de Grossos é a capacidade de transformar
os problemas do dia a dia em mote para histórias engraçadas.
Desamparada pelo poder público, ela ri das próprias dificuldades
até como uma forma de atenuar o sofrimento causado pelas mazelas
sociais das quais é vítima. Mas em matéria de humor, temos que
admitir uma coisa: o povo nem de longe supera os seus representantes
na política. Estes sim atuam como verdadeiros artistas, pois parecem
ter o dom de provocar risos, conseguindo ser patéticos até mesmo
quando não querem. Em nada deixam a desejar em relação a um bom
palhaço, com a ressalva de que este profissional inspira muito mais
respeito porque não trabalha com o fim de enganar as pessoas, mas
para divertí-las apenas.
Um começo arrasador
Os ditos socialistas do
município denominaram sua convenção de Congresso. Todavia, de
grande evento a reunião do pessebistas só tinha o nome. Ela foi
esvaziada pela alta rejeição ao prefeito, registrando baixa
participação popular se comparada com as de outros partidos. Mesmo
assim, os congressistas do PSB não se intimidaram. Afinal, tinham
sobre os seus ombros a difícil missão de abrir o show de humor, uma
honra que não poderia ser ofuscada pela falta de entusiasmo gerada
por uma plateia reduzida. Por isso, o líder maior do grupo chamou
para si a responsabilidade e presenteou o público com uma daquelas
piadas que ninguém consegue conter a risada. Ele disse que Grossos
tornou-se uma cidade mais INDEPENDENTE. Esta declaração mostra o
quanto estes políticos estão empenhados em ser bons comediantes.
Gregos e troianos na convenção dos bacurais
O PMDB grossense também
deu sua contribuição à prévia da Grande Comédia. Agora mais
fortalecido pela filiação do ex-prefeito João Dehon, o partido fez
aliança com o PT e dessa união é que surgiram algumas situações
engraçadas (ou seriam constrangedoras?) na convenção dos bacurais
realizada na Câmara Municipal. Convidados pela coordenação do
evento, o reitor da Ufersa, Josivan Barbosa, e o ex-candidato a
vice-prefeito de Mossoró, Tércio Pereira, ambos petistas, tiveram
de ouvir algumas declarações apaixonadas de aliados do Governo
Rosalba e da prefeita Fafá Rosado. Falou-se, por exemplo, na “grande
administração” de Fafá além de outros elogios endereçados à
gestão estadual do DEM.
Como forjar uma fala emotiva
Em
outras épocas, os políticos
se destacavam mais na arte
de fingir aquilo que não sentiam. Os
discursos eram bem elaborados e quando combinados com uma encenação
impecável, davam a impressão de que o orador realmente estava
tomado pela emoção. De
uns tempos pra cá, porém, essa técnica foi praticamente
esquecida. Cedeu lugar para um improviso pouco convicente, que
se tornou peculiar entre os políticos da atualidade.
Joao Dehon faz parte dessa nova safra de oradores, que se atrapalham
ao tentar contruir uma fala emotiva sem o sentimento correspondente
às suas palavras.
O Discurso Reciclável
Outro
ponto a ser destacado na intervenção do mais novo filiado do PMDB é
a repetição do seu discurso. Ele é atemporal, não muda com o
tempo. Não importa se foi proferido em 2004, 2008 ou vai ser dito
daqui a um ano. Será sempre o mesmo porque é
desconectado da realidade.
Se apoia em dois pontos
principais: o apelo religioso (do
tipo “Deus está conosco”)
e uma referência histórica, que invariavelmente faz menção à
defesa de Rui Barbosa na disputa entre os estados do Ceará e do RN
para anexar Grossos aos seus domínios.
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