sexta-feira, 30 de setembro de 2011

De carnaval e política


Com o fim das convenções partidárias em Grossos e cessada a euforia típica do momento político, é hora de fazermos uma análise de tudo que aconteceu nesses dias de intensa movimentação. Mas antes de qualquer comentário, há que se observar a clara distinção entre carnaval e política. Na cidade, esses dois elementos estão fortemente associados, mas não significam a mesma coisa. Geralmente o primeiro deles torna-se o disfarce da tragédia na qual se transformou o segundo. Por isso, a avaliação isolada da festa, que é usada para atrair a atenção do povo, não deve ser estendida para compreender os fatos políticos. No entanto, quase sempre ela serve a este propósito no intuito de confundir a maioria que absorve sem questionar a lógica dos principais caciques da política local.

Plenamente dissociados, carnaval e política não têm muito a ver um com o outro. E feita essa separação percebe-se que toda aquela história de “festa da democracia” onde o povo é a maior liderança é balela. Na verdade, o povo é manipulado pela liderança. Se ao menos em algum momento lhe fosse devolvida a sobriedade emocional, veria que não há nada para se festejar. Muito pelo contrário, existem razões de sobra para se lamentar. E é isso que vou mostrar nas postagens seguintes: um cenário político desolador marcado pela perpetuação de interesses espúrios e pela falta de alternativas para a construção de uma cidade melhor.


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