Alguns cantaram o fim
de sua carreira política e decretaram até mesmo sua aposentadoria
depois do último pleito eleitoral. Mas nada disso aconteceu.
Vencendo todos os prognósticos desfavoráveis, João Dehon volta a
sacudir a política grossense pelo peso de sua liderança. No sábado
passado (03/09), ele deu mais uma demonstração de força política
na cidade. A seu convite, centenas de pessoas lotaram as dependências
de sua casa para tratar dos preparativos da convenção do partido ao
qual se filiará no final do mês.
A reunião na
residência do ex-prefeito tornou-se o assunto mais comentado da
cidade. Com tamanha repercussão, está claro que ele é o fantasma
que ronda a Prefeitura e tira o sono dos inquilinos do Palácio José
Marcelino. Por essa razão, não é difícil prever que o Judiciário
será acionado (se é que isso já não ocorreu) para impedí-lo de
disputar a pŕoxima eleição. Esta parece ser a solução mais
viável para os seus adversários que, durante quase uma década,
mostraram-se incapazes de eliminar o espectro do seu principal
oponente.
“São João Dehon”
De santo ele não tem
nada, mas em boa parte de seus eleitores mais fiéis João Dehon
desperta uma espécie de devoção. Tal sentimento ganhou força
principalmente depois que ele perdeu as últimas duas eleições
municipais. Sem o ônus de ser governo, João não teve problemas em
administrar sua base de apoio, que tornou-se cada vez mais unida pela
solidariedade tão comum a esses “momentos difíceis”. E ele
soube usar a frustração nas urnas a seu favor. Trabalhou a ideia de
vítima ou de perseguido político junto aos correligionários,
mantendo-os assim compadecidos do líder que sofria porque estava
longe do poder. Dessa forma, a liderança do ex-prefeito resistiu incólume ao infortúnio das derrotas eleitorais,
credenciando-o novamente a disputar uma eleição como franco
favorito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário