Por Bruno Sérvulo.*
Se ontem me exprimi
acerca dela daquela maneira, foi só porque eu
estava vergonhosamente
embriagado e até... Até tinha pedido juízo: sim,
estava meio tonto,
completamente louco... E hoje me sinto envergonhado.
E que desculpa era essa
de estar embriagado? Uma desculpa estúpida que
me humilhava ainda
mais! No cachorro engarrafado está a verdade e, de
fato, a verdade
completa saíra à luz, isto é, aflorara à superfície toda a
maldade de meu coração,
grosseiramente sincero.
Independentemente do
que tenha acontecido o meu desejo não
mudou. Eu tenho muito
desejo, um demasiado desejo de saber... Assim de
modo geral... como é
que ela, agora encara as coisas; quero dizer, não sei
se me faço entender,
não sei com devo me exprimir... Ou melhor dizendo:
o que é que agora lhe
agrada e o que é que lhe aborrece? Sempre estás tão
calorosamente social!
Quais são os seus desejos e, por assim dizer suas
ilusões de mulher?
Quem é que tem influência pessoal sob ela? Numa
palavra eu queria...
E mesmo agora, passado
todo o meu torpor acredito que ainda me
tome por louco. E,
nesse sentido, efetivamente, todos nós, e com muita
freqüência, somos
quase dementes, com a única diferença que os doentes
mentais são um pouco
mais loucos do que nós, porque repare é preciso
discernir, distinguir.
Mas é verdade que não existe o homem normal, de
maneira nenhuma; talvez
entre mil, ou até vários mil apenas se encontre
um, e, ainda assim num
exemplar bastante fraco! Isto; disse-me um amigo
numa madrugada.
*Bruno Sérvulo é estudante de Turismo e Direito.
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