O descaso da Prefeitura de Grossos com o transporte dos estudantes para Mossoró foi assunto recorrente nos últimos dias. O problema bateu às portas do Executivo e o pegou de surpresa, pois ainda está inapto a apontar respostas rápidas e consistentes aos reclamos da sociedade. Essa afirmativa encontra respaldo na maneira como o poder público tratou da questão. Sob forte pressão dos alunos, os agentes governistas apostaram inicialmente na negativa da pŕopria responsabilidade. Como a tese não convenceu, foram obrigados a conversar com os prejudicados. No entanto, o primeiro contato foi infrutífero e logo em seguida o caos imperou.
Na falta de bom senso, a municipalidade impôs aos jovens que tentavam embarcar no ônibus um constrangimento desnecessário, dizendo quem poderia viajar em detrimento dos outros também amparados pelo mesmo direito. Não obstante o caráter drástico da medida, ela era necessária ao interesse da Secretaria de Educação naquele momento, pois fazia parte de um plano emergencial.
E pensar que todo esse embaraço poderia ser evitado se a gestão municipal se antecipasse ao agravamento da situação. Isso porque o aumento da demanda de alunos interessados em estudar na cidade vizinha era esperado. A superlotação no ônibus, portanto, tornou-se iminente. Todavia, essa lógica não pôde ser compreendida pelos dirigentes do município. E por uma razão simples: os políticos da cidade vivem num universo paralelo à realidade local (ver Os deuses do Olimpo). Sempre alheios às dificuldades do povo, demoram a identificá-las, aumentando também o prazo para uma solução.
Esse quadro piora quando se tem um governante que não sabe o que é ser importunado há muito tempo. Desde que assumiu o poder em 2005, o timoneiro pessebista navega em águas tranquilas, inclusive com o apoio importante de uma oposição leniente. Nessas circunstâncias, a manifestação contrária dos discentes foi o fato inusitado que desencadeou uma reação extemporânea e atrapalhada por parte da administração. Esta tem o papel de ser parceira dos estudantes em vez de dificultar a resolução do problema. Entretanto, uma tomada de consciência desse nível só ocorre se o governo perceber que a blindagem política que o protege é falha. Não resiste a certos aspectos do mundo real. Prova disso foi o protesto dos alunos, que mesmo sem grandes pretensões, expôs a fragilidade do Executivo, tornando-se assim a primeira turbulência enfrentada pelo prefeito no seu segundo mandato.
Um comentário:
Ontem alunos juntamente com os pais e interessados reuniram se para discutir sobre o transporte escolar,mais como já era previsto,o secretário de educação tinha outros assuntos mais sérios q a "educação" e representantes da própria prefeitura não compareceu ninguém, de cara percebemos a preoculpação com a educação do município.Os mesmos diz talvés não saber que isso iria acontecer ou até msm que esqueceu,mais eu so desejo que todos que ali estavam discutindo um direito deles ou seja,nosso, lembrem também quando chegar o pleito de 2012, onde na maioria das vezes são esquecidos os descasos com a população, feito apenas uma belas maquiagem que sai com a primeira chuva.
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