Onomatopeia
Muito barulho e pouco conteúdo marcaram as convenções partidárias em Grossos no último sábado (30/06). Nada de novo ocorreu nos eventos das principais legendas do município. Em suma, os seus próceres valeram-se da mesma estratégia para sensibilizar a plateia, qual seja, a exploração da religiosidade do povo aliada a uma performance teatral amadora para simular fortes emoções.
No mais, os personagens de sempre estiveram presentes: o medroso e o destemido, o ignorante e o sábio, o forte e o fraco, a vítima e o vilão, o bem e o mal. Papéis criados para si e atribuídos aos outros com o fim de incutir nos aliados a confiança nos seus candidatos e a repulsa aos adversários. Assim como a queima de fogos, esse velho jeito de discutir e fazer política na cidade virou tradição, sendo ainda adotado pela maioria das lideranças locais conforme se pode constatar a partir de uma simples leitura dos seus pronunciamentos.
Um comentário:
Parabéns pelo ótimo comentário. É um alívio saber que ainda existem mentes que pensam em meio a todo esse festival de irracionalidade e manipulação que é a política na nossa "terrinha". Aliás, gostaria de de ver sua opinião por meio de um post sobre os tradicionais comícios e propagandas com carros de som, que além de serem grandes poluidores sonoros, nunca respeitando os níveis adequados de volume, são uma forma aparentemente eficaz de lavagem cerebral. Se tivéssemos outro país, isso não seria permitido. Mas aí já é pedir de mais, né?
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