Zeros à direita.
O sistema DivulgaCand 2012 da justiça eleitoral traz informações no mínimo curiosas sobre as candidaturas grossenses. A primeira delas diz respeito a um comparativo da previsão de gastos dos concorrentes a uma vaga na Câmara com o limite de despesa estipulado pela chapa majoritária governista.
O valor fixado pelos socialistas para eleger o seu candidato a prefeito (R$ 320 mil) não corresponde sequer ao dobro da campanha mais cara de vereador da mesma coligação (R$ 180 mil).
Perguntas: como a situação vai encarar uma disputa caríssima com orçamento tão modesto? Estariam eles confundindo o grau de dificuldade do embate majoritário com o do proporcional? Poxa, quanta ingenuidade! Isso é comovente.
Outro detalhe interessante atinge em cheio a parcela da oposição liderada pelo PMDB. No final de maio, o líder maior da legenda no município expôs num encontro com aliados as dificuldades financeiras do seu grupo político. Na ocasião, chegou a pedir a ajuda dos correligionários para enfrentar esses problemas de ordem pecuniária.
Agora, depois de ter estimado seus gastos de campanha em R$700 mil, vejo que o peemedebista confia muito nos seus eleitores, sobretudo naqueles mais abastados economicamente.
Ainda sobre a coligação Força do Povo, verificamos que são dela a maior e a menor projeção de despesas para esta corrida eleitoral, e que a candidatura mais barata do pleito (limite de R$25mil) é justamente a de quem tem maior patrimônio declarado(quase R$ 500 mil).
Vale registrar que o desrespeito a esses patamares preestabelecidos pode ser considerado abuso de poder econômico, no caso de fatos supervenientes e imprevisíveis não justificarem a alteração posterior de tais informações.
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