Moro, o inquisidor. |
Desta feita, através de vasto material divulgado pelo premiado jornalista americano, Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil.
Glenn e sua equipe expuseram as vísceras da operação a partir do vazamento de conversas entre procuradores e de diálogos envolvendo Deltan Dallagnol e o ministro da Justiça Sérgio Moro. Este, conforme a reportagem, agiu à época de modo a extrapolar suas funções de magistrado.
Antecipou decisão para o amigo Dallagnol e comportou-se até como conselheiro do Ministério Público, o que compromete a isenção necessária a um julgamento justo.
De acordo com estudiosos do Direito, tal conduta desrespeita, entre outros dispositivos legais, o Código de Processo Penal no seu artigo 254, inciso IV, podendo, assim, levar à anulação de processos onde o ex-presidente Lula figura como réu ou condenado.
É cedo, porém, para afirmar que esse será o desdobramento jurídico final do caso. Por enquanto, o efeito imediato mais concreto do episódio é político, pois ele reforça com evidências robustas a narrativa do petista, segundo a qual seus problemas no judiciário decorrem de sua incontestável força eleitoral.
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