Os candidatos ao Executivo derrotados em Grossos são "homenageados" pelos vencedores com um troféu imaginário chamado "prefeito de barro". É um prêmio de consolação em alusão a uma vitória que poderia ter sido mas não foi. No plano nacional, os críticos da Lava Jato criaram algo parecido para contemplar os falsos moralistas da extrema direita. Trata-se do herói de barro, uma ficção personificada no ex-juiz Sérgio Moro, cuja atuação sacrificou o Direito e a ética em nome da ambição política desmedida. Tal como na tradição grossense, o ministro de Bolsonaro valeu-se de uma simbologia fajuta para zombar dos seus adversários, quais sejam, a Constituição e os direitos fundamentais.
Imagem da revista Veja. |
PACIÊNCIA TEM LIMITE
Os servidores estaduais seguem cada vez mais irritados com o governo Fátima (PT). Isso porque ele ainda não fixou um prazo para a regularização da folha salarial e, como se não bastasse, pretende aumentar os proventos dos procuradores do estado em mais de 16%, sem estender o benefício ao conjunto do funcionalismo público. Esse percentual, inclusive, já foi incorporado à pauta de reivindicação de alguns sindicatos, que ontem (27) voltaram a se reunir com a governadora. O encontro, no entanto, não promoveu avanço na pauta das categorias. A manter-se como está, o cenário deve caminhar para a deflagração de uma greve geral nos próximos meses.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO
Em março, durante o evento da Marcha do Sal, o deputado Souza (PHS) disse que se comprometeu a ajudar Cinthia (PHS) na elaboração de um plano de desenvolvimento para Grossos. A proposta contaria com a participação de várias forças políticas e segmentos representativos da sociedade, e seria lançada em maio deste ano. Passados três meses da divulgação da ideia, não há sinais de que o tal plano seja prioridade para o parlamentar nem para o seu agrupamento político na cidade. .
ENQUANTO ISSO...
As oposições dobram a aposta no assistencialismo para garantir a visibilidade necessária em tempos de pré-campanha. Na corrida rumo ao cargo máximo do município, consultas médicas arranjadas, distribuição de cestas básicas e sopa, realização de exames e cirurgias se sobrepõem ao debate relevante e inexistente sobre propostas.
QUEIXA
Um prestador de serviço da prefeitura de Grossos resolveu interpelar João Dehon (MDB) num grupo de whatsapp acerca do não pagamento de cinco meses de trabalho para o município. Na resposta, o secretário geral disse que seria um dos prejudicados pela interrupção das atividades do contratado. E mais: não tinha autonomia para solucionar o problema. Sim, isso mesmo! Você não leu errado. Ora, se o principal fiador do governo Mauricinho e maior liderança do grupo está nessa situação, o que dizer então dos outros auxiliares do prefeito?
DESCOLAMENTO
A crítica pública de João Dehon à gestão da qual faz parte tem uma razão de ser. Não foi um impulso do momento, obviamente. Mas um cálculo político. É bem verdade que o comentário de João revela a existência de fissuras importantes dentro do bloco governista. Contudo, há que se observar a mudança de estratégia do líder do MDB. Ao contrário de 2016, é ele agora que busca um descolamento da imagem do prefeito. Isso ocorre porque a ideia de continuidade de um governo mal avaliado não é bem-vinda às portas de uma nova eleição. Sendo assim, o secretário explora a vitimização a partir de um conflito interno ao passo em que propõe um "novo recomeço" aos seus aliados.
CARA OU COROA?
Novo e mudança, novo e mudança, novo e mudança...A cantilena das eleições 2020 está pronta e já vem sendo tocada principalmente nas redes sociais. Curiosamente, ela aparece nas discussões acaloradas entre partidários dos grupos políticos da cidade. A veemência com a qual defendem o seu "lado" pode até levar os incautos a acreditarem nessa falácia. Mas o fato é que até o reino mineral sabe que no tocante às práticas políticas adotadas, as forças de governo e da oposição se equivalem. Com diferenças apenas pontuais, elas correspondem a dois lados da mesma moeda.
MENOS UM
A oposição amarela colecionou perdas de apoio nos últimos dias. Uma delas diz respeito ao cantor Udenê Brás, que deixou a "colmeia" para aliar-se aos governistas. Inicialmente associada a uma ação de bastidores de Charlinho (MDB), a chegada do artista na situação foi resultado da articulação política do próprio prefeito. "Fechei com Maurício", disse o músico ao titular desta coluna. Udenê também deixou claro que a mudança de palanque não está vinculada a nenhuma das pré-candidaturas majoritárias do grupo situacionista.
MENOS DOIS?
O empresário Carlos Antônio, conhecido como Poroca, poderá não repetir o voto na oposição amarela no próximo ano. Outrora entusiasta do projeto político de Cinthia, ele hoje trocou a certeza pela dúvida, quando o assunto é sucessão municipal. A nova percepção foi antecipada por um desentendimento com Diógenes Messias, irmão da pré-candidata. De forma inusitada, o episódio em questão aumentou o risco de mais uma baixa precoce no leque de apoios ao PHS.
CCE
"[Em] Grossos acho que vai ser 'CCE'. Mas não é a televisão não. É Clorisa, Cinthia e Erasmo. Não tem outro candidato." Essa foi a projeção que Enilson Fernando (PSD) arriscou para a disputa eleitoral do ano que vem. Em conversa com a Opinião Reversa, o ex-vereador pontuou ainda que o quadro sucessório poderá sofrer alterações em virtude das divergências entre o prefeito e o secretário geral.
Em março, durante o evento da Marcha do Sal, o deputado Souza (PHS) disse que se comprometeu a ajudar Cinthia (PHS) na elaboração de um plano de desenvolvimento para Grossos. A proposta contaria com a participação de várias forças políticas e segmentos representativos da sociedade, e seria lançada em maio deste ano. Passados três meses da divulgação da ideia, não há sinais de que o tal plano seja prioridade para o parlamentar nem para o seu agrupamento político na cidade. .
ENQUANTO ISSO...
As oposições dobram a aposta no assistencialismo para garantir a visibilidade necessária em tempos de pré-campanha. Na corrida rumo ao cargo máximo do município, consultas médicas arranjadas, distribuição de cestas básicas e sopa, realização de exames e cirurgias se sobrepõem ao debate relevante e inexistente sobre propostas.
QUEIXA
Um prestador de serviço da prefeitura de Grossos resolveu interpelar João Dehon (MDB) num grupo de whatsapp acerca do não pagamento de cinco meses de trabalho para o município. Na resposta, o secretário geral disse que seria um dos prejudicados pela interrupção das atividades do contratado. E mais: não tinha autonomia para solucionar o problema. Sim, isso mesmo! Você não leu errado. Ora, se o principal fiador do governo Mauricinho e maior liderança do grupo está nessa situação, o que dizer então dos outros auxiliares do prefeito?
DESCOLAMENTO
A crítica pública de João Dehon à gestão da qual faz parte tem uma razão de ser. Não foi um impulso do momento, obviamente. Mas um cálculo político. É bem verdade que o comentário de João revela a existência de fissuras importantes dentro do bloco governista. Contudo, há que se observar a mudança de estratégia do líder do MDB. Ao contrário de 2016, é ele agora que busca um descolamento da imagem do prefeito. Isso ocorre porque a ideia de continuidade de um governo mal avaliado não é bem-vinda às portas de uma nova eleição. Sendo assim, o secretário explora a vitimização a partir de um conflito interno ao passo em que propõe um "novo recomeço" aos seus aliados.
CARA OU COROA?
Novo e mudança, novo e mudança, novo e mudança...A cantilena das eleições 2020 está pronta e já vem sendo tocada principalmente nas redes sociais. Curiosamente, ela aparece nas discussões acaloradas entre partidários dos grupos políticos da cidade. A veemência com a qual defendem o seu "lado" pode até levar os incautos a acreditarem nessa falácia. Mas o fato é que até o reino mineral sabe que no tocante às práticas políticas adotadas, as forças de governo e da oposição se equivalem. Com diferenças apenas pontuais, elas correspondem a dois lados da mesma moeda.
MENOS UM
A oposição amarela colecionou perdas de apoio nos últimos dias. Uma delas diz respeito ao cantor Udenê Brás, que deixou a "colmeia" para aliar-se aos governistas. Inicialmente associada a uma ação de bastidores de Charlinho (MDB), a chegada do artista na situação foi resultado da articulação política do próprio prefeito. "Fechei com Maurício", disse o músico ao titular desta coluna. Udenê também deixou claro que a mudança de palanque não está vinculada a nenhuma das pré-candidaturas majoritárias do grupo situacionista.
MENOS DOIS?
O empresário Carlos Antônio, conhecido como Poroca, poderá não repetir o voto na oposição amarela no próximo ano. Outrora entusiasta do projeto político de Cinthia, ele hoje trocou a certeza pela dúvida, quando o assunto é sucessão municipal. A nova percepção foi antecipada por um desentendimento com Diógenes Messias, irmão da pré-candidata. De forma inusitada, o episódio em questão aumentou o risco de mais uma baixa precoce no leque de apoios ao PHS.
CCE
"[Em] Grossos acho que vai ser 'CCE'. Mas não é a televisão não. É Clorisa, Cinthia e Erasmo. Não tem outro candidato." Essa foi a projeção que Enilson Fernando (PSD) arriscou para a disputa eleitoral do ano que vem. Em conversa com a Opinião Reversa, o ex-vereador pontuou ainda que o quadro sucessório poderá sofrer alterações em virtude das divergências entre o prefeito e o secretário geral.
AFINIDADE
O PSL de Grossos endossará o nome de Cinthia Sonale (PHS) à prefeitura em 2020. A decisão foi anunciada nesta semana após reunião dos membros do partido com a ex-vereadora, na casa dela. O pragmatismo eleitoral e o histórico de aliança dessas pessoas com a pré-candidata foram determinantes para a escolha. Já o critério ideológico ficou em segundo plano. Não que não haja pontos de convergência entre eles, mas Cinthia evitou se associar ao bolsonarismo nas eleições gerais de 2018. Se a afinidade de ideias fosse tão importante assim, os seguidores do presidente, até por uma questão de justiça, teriam optado por Clorisa (SD), única liderança de destaque a assumir publicamente o então candidato da extrema direita aqui na terrinha.
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