"A mensagem espiritual de Jesus teve tanta força política que o levou à morte. E a nossa? Sacraliza ou desafia a desordem estabelecida?"
Frei Betto.
sábado, 30 de abril de 2011
Virou piada
A declaração desastrosa da governadora justificando a escalada da violência em Mossoró com a instalação do presídio federal na cidade virou motivo de piada. Veja só o que o Tio Colorau escreveu sobre o assunto nas suas pílulas:
"A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem certa razão. A instalação do presídio federal em Mossoró já causou, no mínimo, duas mortes na cidade. Foram dois gatos que morreram atropelados por um dos agentes penitenciários lá lotados. Os atropelamentos fatais ocorreram na mesma semana, quando o servidor fazia o trajeto casa-presídio federal. Fora estas duas “vítimas”, não se sabe de outras mortes relacionadas à instalação do presídio federal nesta terra de homens valentes, como diz a história."
"A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem certa razão. A instalação do presídio federal em Mossoró já causou, no mínimo, duas mortes na cidade. Foram dois gatos que morreram atropelados por um dos agentes penitenciários lá lotados. Os atropelamentos fatais ocorreram na mesma semana, quando o servidor fazia o trajeto casa-presídio federal. Fora estas duas “vítimas”, não se sabe de outras mortes relacionadas à instalação do presídio federal nesta terra de homens valentes, como diz a história."
Mais privilégios
É impressionante como o parlamento brasileiro sempre encontra uma forma de onerar ainda mais os cofres públicos. Mantendo essa sina da política nacional, o Senado decidiu substituir sua frota de veículos oficiais por carros alugados. O custo da medida deve ser de R$ 360 mil por mês, valor bastante elevado devido a algumas exigências dos membros da Casa. Entre elas, a de que os automóveis tenham bancos de couro e ar-condicionado. Não bastasse isso, eles também sugeriram os modelos dos carros, que preferencialmente serão o Vectra, da Chevrolet, e o Corolla, da Toyota. Num país onde a maior parte da população vive em condições precárias, alimentar tantas regalias com dinheiro do povo não é apenas uma contradição, mas um desrespeito à grande massa de trabalhadores do Brasil.
Com informações do Blog Panorama Político.
Com informações do Blog Panorama Político.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Cômico se não fosse trágico
Carnificina, "guerra civil" ou tragédia. Por incrível que pareça o emprego desses termos para descrever a explosão da violência em Mossoró não é exagero. Agora, a força daquelas palavras encontra respaldo no cotidiano da cidade. As notícias sobre os assassinatos diários se incorporaram ao dia-a-dia dos mossoroenses. Pra se ter idéia de tamanha barbárie, basta saber o número de mortes registrado até aqui. Abril nem chegou ao fim e 63 homicídios já engordaram as estatísticas dessa catástrofe social. Uma realidade demasiadamente triste, porém capaz de inspirar declarações burlescas como as ditas pela governadora no último dia 23. Segundo o Blog do Carlos Santos, ela teria identificado a grande causa desse "cenário de guerra": o presídio federal instalado na cidade. É bem verdade que a culpa pelo caos da segurança não é somente deste governo, mas daí a usar um argumento dessa natureza é afrontar o discernimento das pessoas. Tal justificativa chega a ser risível, ainda mais quando a gestão do DEM emplaca na TV uma propaganda dizendo que o RN "encontrou o caminho" e vai ser reconstruído. Pura balela que daria, quem sabe, uma comédia se não tivesse como pano de fundo dados tão aterrorizantes.
Idiotice humana vem da Inglaterra
Do Blog do Givanildo Silva
O espetáculo montado em torno do casamento de dois jovens, na Inglaterra, é a prova de que a estupidez humana não tem origem no Brasil. O país sul-americano é princípio, sim, na prática de macaquear. Partiu na frente, causa determinante. Porém, por mais esforço de idiotia que setores da mídia façam, jamais, em tempo algum, conseguirá atingir o caráter singular, a extravagância e a excentricidade britânicos. Realmente, impossível.(...)Leia mais AQUI.
O espetáculo montado em torno do casamento de dois jovens, na Inglaterra, é a prova de que a estupidez humana não tem origem no Brasil. O país sul-americano é princípio, sim, na prática de macaquear. Partiu na frente, causa determinante. Porém, por mais esforço de idiotia que setores da mídia façam, jamais, em tempo algum, conseguirá atingir o caráter singular, a extravagância e a excentricidade britânicos. Realmente, impossível.(...)Leia mais AQUI.
domingo, 24 de abril de 2011
O duelo entre a vida e a morte
Texto de Leonardo Boff.
Num dos mais belos hinos da liturgia cristã da Páscoa, que nos vem do século XIII, se canta que “a vida e a morte travaram um duelo; o Senhor da vida foi morto mas eis que agora reina vivo”. É o sentido cristão da Páscoa: a inversão dos termos do embate. O que parecia derrota era, na verdade, uma estratégia para vencer o vencedor, quer dizer a morte. Por isso, a grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. Ressuscitado, garantiu a supremacia da vida. Como não cantar aleluia?
A mensagem vem do campo religioso que se inscreve no humano mais profundo, mas seu significado não se restringe a ele. Ganha uma relevância universal, especialmente, nos dias atuais, em que se trava física e realmente um duelo entre a vida e a morte. Essse duelo se realiza em todas as frentes e tem como campo de batalha o planeta inteiro, envolvendo toda a comunidade de vida e toda a humanidade.
Num dos mais belos hinos da liturgia cristã da Páscoa, que nos vem do século XIII, se canta que “a vida e a morte travaram um duelo; o Senhor da vida foi morto mas eis que agora reina vivo”. É o sentido cristão da Páscoa: a inversão dos termos do embate. O que parecia derrota era, na verdade, uma estratégia para vencer o vencedor, quer dizer a morte. Por isso, a grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. Ressuscitado, garantiu a supremacia da vida. Como não cantar aleluia?
A mensagem vem do campo religioso que se inscreve no humano mais profundo, mas seu significado não se restringe a ele. Ganha uma relevância universal, especialmente, nos dias atuais, em que se trava física e realmente um duelo entre a vida e a morte. Essse duelo se realiza em todas as frentes e tem como campo de batalha o planeta inteiro, envolvendo toda a comunidade de vida e toda a humanidade.
sábado, 23 de abril de 2011
O Judas de cada um
Do Blog do Carlos Santos.
É de nossa tradição cultural, abraçada do costume religioso, cristão, "malhar o Judas".
Em sua verve, sua incrível capacidade de rir de suas próprias desgraças, o brasileiro todos os anos escolhe alguém para linchar com pau, pedras, pontapés, fogo. Dependura-o no poste, arrasta-o pelas ruas.
O Judas que nasce e morre em cada sábado de aleluia é inspirador e burlesco. Pena que no restante dos anos, todos prefiramos cruzar os braços, resmungar em sussuros, em vez de agir e mudar o próprio destino. Leia mais AQUI.
É de nossa tradição cultural, abraçada do costume religioso, cristão, "malhar o Judas".
Em sua verve, sua incrível capacidade de rir de suas próprias desgraças, o brasileiro todos os anos escolhe alguém para linchar com pau, pedras, pontapés, fogo. Dependura-o no poste, arrasta-o pelas ruas.
O Judas que nasce e morre em cada sábado de aleluia é inspirador e burlesco. Pena que no restante dos anos, todos prefiramos cruzar os braços, resmungar em sussuros, em vez de agir e mudar o próprio destino. Leia mais AQUI.
Uma razão lucrativa explica a tradição
A recomendação de não comer carne vermelha durante a Semana Santa é uma tradição religiosa de origem não muito nobre. Em tese, a predileção pelos peixes neste período se dá também em respeito ao sofrimento de Cristo, muito embora não exista correlação entre as duas coisas. De concreto mesmo só uma razão comercial e bastante lucrativa para motivar a criação do costume pela Igreja Católica. Entre os séculos XV e XVI, ela era dententora da maior frota de navios pesqueiros (caravelas) da Europa. Nesse contexto, a restrição ao consumo de carne vermelha caiu como uma luva, ajudando a abarrotar os cofres clericais devido ao súbito interesse pelo bacalhau e outros tipos de pescado. O exemplo mostra o quanto as instituições religiosas foram e continuam sendo corroídas pelos vícios da condição humana, dos quais jamais conseguirão se desvencilhar.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
São João sem "forró de plástico"
O secretário de Cultura da Paraíba, o cantor e compositor Chico César, está no centro de uma polêmica sobre o São João a ser realizado naquele estado. O motivo é o conteúdo de algumas declarações suas nas quais afirma que este ano o governo não contratará as bandas do gênero "qualquer coisa do forró" para animar a festa. A tais grupos musicais, o cantor atribuiu a denominação de "forró de plástico". Substituindo esse estilo estará o ritmo consagrado por Luiz Gonzaga , o Rei do Baião, cuja notoriedade vem sendo ofuscada pelo lixo sonoro tocado nas principais rádios do país.
Apesar da repercussão de suas palavras, Chico não fez outra coisa senão honrar as próprias convicções. Foi coerente e teve personalidade para enfrentar o senso comum de mediocridade que assola parte do mundo artístico. Agora, só nos resta saber se o gesto louvável do secretário resistirá às conveniências da seara política.
Leia mais sobre o assunto AQUI.
Apesar da repercussão de suas palavras, Chico não fez outra coisa senão honrar as próprias convicções. Foi coerente e teve personalidade para enfrentar o senso comum de mediocridade que assola parte do mundo artístico. Agora, só nos resta saber se o gesto louvável do secretário resistirá às conveniências da seara política.
Leia mais sobre o assunto AQUI.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ajuste às avessas
Não dá pra entender a lamúria do governo da Rosa quando o assunto é a situação financeira do estado. Principalmente porque na prática a gestão dos democratas contraria o tão famigerado equilíbrio fiscal. Um exemplo dessa contradição pode ser verificado na postagem que segue abaixo extraída do Blog Panorama Político:
Nos quatro primeiros meses de 2011 Estado gastou R$ 1,3 milhão com diárias
O Governo do Estado gastou nos quatro primeiros meses de 2011 o valor de 1.333.028,87 com diárias de pessoal.
Veja o ranking dos órgãos que tiveram o maior gasto com diária:
Polícia Civil R$ 380.085
Polícia Militar R$ 112.960
Idema R$ 81.275
Fapern R$ 41.082
Idiarn R$ 40.510
Secretaria de Educação R$ 36.165
Uern R$ 36.550
Nos quatro primeiros meses de 2011 Estado gastou R$ 1,3 milhão com diárias
O Governo do Estado gastou nos quatro primeiros meses de 2011 o valor de 1.333.028,87 com diárias de pessoal.
Veja o ranking dos órgãos que tiveram o maior gasto com diária:
Polícia Civil R$ 380.085
Polícia Militar R$ 112.960
Idema R$ 81.275
Fapern R$ 41.082
Idiarn R$ 40.510
Secretaria de Educação R$ 36.165
Uern R$ 36.550
domingo, 17 de abril de 2011
A lucidez da ideias (II)
"A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer."
Pensamento de Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro que idealizou um método revolucionário de alfabetização pautado na consciência política dos alunos.
Pensamento de Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro que idealizou um método revolucionário de alfabetização pautado na consciência política dos alunos.
sábado, 16 de abril de 2011
Morrer é ridículo
Crônica de Pedro Bial.
A morte, por si só, é uma piada pronta.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre.
Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER!!!
A morte, por si só, é uma piada pronta.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre.
Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER!!!
O espetáculo da dor psíquica
Por Luiz Carlos Azenha, no site Vi o mundo.
Eu estava no restaurante da pequena Chorrochó, no sertão da Bahia, quando entrou o bêbado da cidade. As simpáticas proprietárias mostraram desconforto. Foi como se dissessem com os olhos “agora, não, vai estragar a visita”. Mas elas logo notaram que a gente achava normal ter um bebum perambulando por ali e relaxaram.
A cena me fez lembrar do Barriguinha, personagem da rua Conselheiro Antonio Prado, em Bauru, nos anos 70. Ele morava sozinho, numa casa de fundos, e ia para a esquina com a Saint Martin ver o mundo passar. A molecada do bairro estranhava o Barriguinha, que estranhava de volta, frequentemente atirando pedras. Minha mãe dizia que o Barriguinha tinha sofrido trauma de guerra, que deveríamos deixá-lo sossegado. Mas quando abandonamos definitivamente a brincadeira na esquina alguém ligado ao Barriguinha reclamou: a gente já não dava a ele a atenção que tinha se acostumado a esperar de nós!
Vivíamos, então, numa sociedade altamente hierarquizada, com papéis sociais claramente definidos (socialmente opressivas, diriam as mulheres de hoje, em retrospectiva).
Eu estava no restaurante da pequena Chorrochó, no sertão da Bahia, quando entrou o bêbado da cidade. As simpáticas proprietárias mostraram desconforto. Foi como se dissessem com os olhos “agora, não, vai estragar a visita”. Mas elas logo notaram que a gente achava normal ter um bebum perambulando por ali e relaxaram.
A cena me fez lembrar do Barriguinha, personagem da rua Conselheiro Antonio Prado, em Bauru, nos anos 70. Ele morava sozinho, numa casa de fundos, e ia para a esquina com a Saint Martin ver o mundo passar. A molecada do bairro estranhava o Barriguinha, que estranhava de volta, frequentemente atirando pedras. Minha mãe dizia que o Barriguinha tinha sofrido trauma de guerra, que deveríamos deixá-lo sossegado. Mas quando abandonamos definitivamente a brincadeira na esquina alguém ligado ao Barriguinha reclamou: a gente já não dava a ele a atenção que tinha se acostumado a esperar de nós!
Vivíamos, então, numa sociedade altamente hierarquizada, com papéis sociais claramente definidos (socialmente opressivas, diriam as mulheres de hoje, em retrospectiva).
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Quase metade da Câmara Federal vem de família política
Do Blog do Carlos Santos.
Tradição familiar não é sinônimo de sucesso na política. Mas é quase isso, a julgar pela atual composição da Câmara.
Um em cada dois deputados da atual legislatura tem laços de parentesco com outras figuras da vida pública brasileira. Dos 564 deputados que assumiram mandato este ano, entre titulares, suplentes e licenciados, 271 (48%) são parentes de políticos.
São filhos, netos, pais, irmãos, sobrinhos, tios, primos, cônjuges ou ex-cônjuges de quem tem ou já teve mandato, exerceu algum cargo de nomeação política ou participou de eleição. LEIA MAIS AQUI.
Tradição familiar não é sinônimo de sucesso na política. Mas é quase isso, a julgar pela atual composição da Câmara.
Um em cada dois deputados da atual legislatura tem laços de parentesco com outras figuras da vida pública brasileira. Dos 564 deputados que assumiram mandato este ano, entre titulares, suplentes e licenciados, 271 (48%) são parentes de políticos.
São filhos, netos, pais, irmãos, sobrinhos, tios, primos, cônjuges ou ex-cônjuges de quem tem ou já teve mandato, exerceu algum cargo de nomeação política ou participou de eleição. LEIA MAIS AQUI.
terça-feira, 12 de abril de 2011
A melodia da repressão
Neste mês fez 47 anos que o Estado brasileiro revelou uma de suas facetas mais assustadoras: a ditadura militar. No período compreendido entre 1964 e 1985, o país viveu sob o domínio do autoritarismo, perseguindo e torturando impiedosamente os opositores do regime. Apesar dessa atmosfera política de tensão e medo, havia espaço para um romantismo exacerbado, que logo atingiu o topo do sucesso pela voz de um jovem cantor chamado Roberto Carlos. Sua música embalou os anos de chumbo e conquistou os corações apaixonados justo num momento em que o sangue jorrava dos porões da ditadura. Coincidência apenas? Tire suas dúvidas lendo o brilhante artigo do jornalista Urariano Motta, publicado no site Direto da redação sob o título "Roberto Carlos e a ditadura". Para ler o texto clique AQUI.
domingo, 10 de abril de 2011
Indiferença
A novela da superlotação no ônibus dos estudantes de Grossos ganhou ontem mais um capítulo. Dessa vez, pais e alunos se reuniram com alguns vereadores na Câmara Municipal para tratar do tema. O encontro revelou-se bastante significativo na medida em que os presentes chegaram a uma conclusão importante sobre o assunto.Ficou acordado que a resolução do impasse depende de dois fatores: a organização da classe estudantil através de uma associação e a contrapartida da Prefeitura no sentido de dividir as despesas do transporte com os alunos. Esta é, inclusive, a fórmula que vem dando certo em outras cidades da região.
sábado, 9 de abril de 2011
Turbulência em águas tranquilas
O descaso da Prefeitura de Grossos com o transporte dos estudantes para Mossoró foi assunto recorrente nos últimos dias. O problema bateu às portas do Executivo e o pegou de surpresa, pois ainda está inapto a apontar respostas rápidas e consistentes aos reclamos da sociedade. Essa afirmativa encontra respaldo na maneira como o poder público tratou da questão. Sob forte pressão dos alunos, os agentes governistas apostaram inicialmente na negativa da pŕopria responsabilidade. Como a tese não convenceu, foram obrigados a conversar com os prejudicados. No entanto, o primeiro contato foi infrutífero e logo em seguida o caos imperou.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
A igreja do diabo
Conto de Machado de Assis*
— Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo.
Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez.
— Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Que partido é esse do Kassab?
Artigo de Ricardo Kotscho publicado no seu Balaio.
"Em meio à inhaca do noticiário de celebridades nestes dias de Carnaval, enquanto Kadafi balança mas não cai, sobrou espaço para a exótica, extemporânea e esdrúxula criação de um novo partido político para se juntar aos 22 espécimes já representados na Câmara Federal.
É o tal de Partido Democrático do Brasil, como se os outros não fossem nem democráticos nem brasileiros, uma criação do prefeito de São Paulo, o demotucano Gilberto Kassab, discípulo de Maluf, Pitta e Serra, pela ordem, um político da província, que até outro dia nem tinha vida própria.(...)"LEIA MAIS AQUI.
"Em meio à inhaca do noticiário de celebridades nestes dias de Carnaval, enquanto Kadafi balança mas não cai, sobrou espaço para a exótica, extemporânea e esdrúxula criação de um novo partido político para se juntar aos 22 espécimes já representados na Câmara Federal.
É o tal de Partido Democrático do Brasil, como se os outros não fossem nem democráticos nem brasileiros, uma criação do prefeito de São Paulo, o demotucano Gilberto Kassab, discípulo de Maluf, Pitta e Serra, pela ordem, um político da província, que até outro dia nem tinha vida própria.(...)"LEIA MAIS AQUI.
terça-feira, 5 de abril de 2011
A genética do poder
O site Congresso em Foco publicou uma série de matérias sobre o controle do poder político no RN. Fortemente influenciada por três famílias (Maia, Alves e Rosado), a política potiguar é um verdadeiro porto seguro das oligarquias. Por isso, ganhou merecido destaque negativo na referida página eletrônica, uma das mais conceituadas do país. O conteúdo das reportagens produzidas pelo site pode ser lido clicando nos seguintes links:
Três famílias dominam o Rio Grande do Norte.
Em Mossoró, só dá político na árvore dos Rosado
Rosalba refuta oligarquia e diz que povo escolhe.
Felipe Maia: sem reformas dinastias continuarão.
Sobrenomes são sempre os mesmos, dizem analistas.
Confira também a análise feita pelo jornalista Carlos Santos clicando AQUI e AQUI.
Três famílias dominam o Rio Grande do Norte.
Em Mossoró, só dá político na árvore dos Rosado
Rosalba refuta oligarquia e diz que povo escolhe.
Felipe Maia: sem reformas dinastias continuarão.
Sobrenomes são sempre os mesmos, dizem analistas.
Confira também a análise feita pelo jornalista Carlos Santos clicando AQUI e AQUI.
domingo, 3 de abril de 2011
Eu
Poema de Cid Augusto extraído do seu livro "Estados do verso".
O Eu que eu sou não sabe se é realmente,
Vive a vagar na busca de sua identidade,
Tentando achar respostas na intimidade,
No turbilhão de dúvidas do inconsciente.
O Eu que eu transpareço a alguém é somente
A frágil impressão da coletividade
Desafiando tão cruel complexidade,
Em conceitos forjados superficialmente.
O Eu que eu gostaria de ser - coitado! - insiste
Em sonhar ilusões perdidas, sufocado
No mentiroso riso da máscara triste.
Decerto, não existe fim, meio ou começo.
Descobri, após tanto haver procurado,
Que apenas sou o Eu que eu mesmo desconheço.
O Eu que eu sou não sabe se é realmente,
Vive a vagar na busca de sua identidade,
Tentando achar respostas na intimidade,
No turbilhão de dúvidas do inconsciente.
O Eu que eu transpareço a alguém é somente
A frágil impressão da coletividade
Desafiando tão cruel complexidade,
Em conceitos forjados superficialmente.
O Eu que eu gostaria de ser - coitado! - insiste
Em sonhar ilusões perdidas, sufocado
No mentiroso riso da máscara triste.
Decerto, não existe fim, meio ou começo.
Descobri, após tanto haver procurado,
Que apenas sou o Eu que eu mesmo desconheço.
sábado, 2 de abril de 2011
Governo Rosalba tem sobra de caixa, diz Diário Oficial
Do Blog do Carlos Santos.
Publicado no Diário Oficial de ontem (31 de março), o Relatório de Execução Orçamentária de Janeiro e Fevereiro do Estado revela que Governo Rosalba Ciarlini (DEM) optou por fazer caixa.
A informação, com números do próprio governo, é passada pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT).
"Para uma Receita de R$ 1.148.622.346,36 em Jan-Fev, despesa foi de R$ 817.721.645,42. Saldo positivo de R$330,900.701,01", reproduz Mineiro.
"Isto quer dizer que o Governo optou pelo superávit em Janeiro e Fevereiro de R$ 330.900.701,01 e não pelos pagamentos a fornecedores e a servidores ", critica. LEIA MAIS AQUI.
Publicado no Diário Oficial de ontem (31 de março), o Relatório de Execução Orçamentária de Janeiro e Fevereiro do Estado revela que Governo Rosalba Ciarlini (DEM) optou por fazer caixa.
A informação, com números do próprio governo, é passada pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT).
"Para uma Receita de R$ 1.148.622.346,36 em Jan-Fev, despesa foi de R$ 817.721.645,42. Saldo positivo de R$330,900.701,01", reproduz Mineiro.
"Isto quer dizer que o Governo optou pelo superávit em Janeiro e Fevereiro de R$ 330.900.701,01 e não pelos pagamentos a fornecedores e a servidores ", critica. LEIA MAIS AQUI.
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