A dinâmica da política é muito surpreendente. Assim como as figuras formadas pelo arranjo das nuvens no céu, as mudanças no cenário político se processam numa rapidez que impressiona, colocando em xeque qualquer projeção mais precoce. Quem não atenta para este fenômeno corre o risco de se retratar depois.
E foi exatamente isso que aconteceu com o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Em abril de 2009, diante dos números de uma pesquisa de intenção de voto, ele chegou a afirmar que a pré-candidatura da ministra Dilma não superaria o patamar dos modestos 17%. No entanto, seu prognóstico veio abaixo semana passada com a divulgação de nova sondagem acerca da sucessão presidencial. Ao ser questionado sobre sua declaração de meses atrás, Montenegro se expressou da seguinte forma: "não acredito que disse aquilo."
Tudo porque o último levantamento demonstrou uma redução drástica na vantagem que o governador de São Paulo tinha em relação à sua principal concorrente, alcançando esta a marca de 30% das intenções de voto. Pra se ter idéia, de dezembro a março, a distância que os separava na preferência do eleitorado caiu 21 pontos percentuais!
É bem verdade que a pesquisa é a fotografia do momento e não diz muita coisa sobre o próximo embate eleitoral. Todavia, ela inspira cautela e exige dos participantes da arena política uma análise cada vez mais criteriosa de suas estratégias de campanha.
* Com informações do portal Ig.
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