27 bilhões de dólares. Essa é a 8 ª maior fortuna do mundo e pertence a um brasileiro, o empresário Eike Batista. O sucesso pessoal dele não revela apenas uma forma eficaz de acumular capital, mas também escancara o tamanho da desigualdade social que impera no país.
Muito embora o Brasil tenha nos últimos anos verificado algum avanço nos seus indicadores sociais , com a retirada de quase 20 milhões de brasileiros da pobreza, a nação ainda é a mais desigual da América Latina. Em terras tupiniquins, os 10 % mais ricos detêm metade da riqueza nacional enquanto aos mais pobres cabe apenas 0,8% de toda a renda. Uma distorção tão brutal que nos nivela neste quesito aos países africanos arrasados por guerras civis.
Cumpre observar que essa distribuição perversa de riqueza tem raízes históricas e se manteve praticamente inalterada ao longo de séculos. Com origens fincadas na colonização, ela desempenha papel relevante na manutenção das relações de poder. Logo, há pouca vontade política em provocar mudanças significativas nesse quadro, pois o abismo entre ricos e pobres é um dos instrumentos de dominação mais bem sucedidos que a humanidade já construiu.
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