Que as comunidades de barra, pernambuquinho e alagamar sofrem com a irregularidade no fornecimento de água, disso todos já sabem. Mas no período de veraneio em especial esse problema se agrava devido à demanda gerada pelo aumento desproporcional da população em Tibau. Aí então os veranistas da cidade vizinha passam a ser privilegiados no consumo d'água em detrimento das comunidades rurais de Grossos. Ilustrando o problema através da arte, o poeta Geová Costa traduziu a reivindicação dos moradores locais nos seguintes versos:
Aqui é sempre assim:
Tem-se maior aperreio
Em tempo de veraneio
A água foge daqui
E até hoje nunca vi
Alguém solucionar
É a sede em frente ao mar
Uma seca no litoral
Só pra abastecer Tibau
Pra essa gente se banhar.
É Barra, Pernambuquinho
E a pequena Alagamar
Que fica a lastimar
Sem ter água pra beber
Quando vem o amanhecer
Cadê água pra lavar?
E pra ao menos cozinhar
A comida das crianças?
É de perder as esperanças
E fugir desse lugar!
Que lá não falte água
Pros nativos e visitantes
Mas eles não são importantes
Muito mais do que a gente
Pra de forma consciente
Desviar a água do povo
Pra lavar seu carro novo
E encher a piscina bonita
Se tu vês não acredita
Que é nosso liquido precioso
Agora, meu caro amigo
Eu duvido atrasar
O talão pra se pagar
A fatura todo mês
Mas eu digo a vocês
Que nós vamos resistir
Se preciso impedir
Que eles façam a manobra
Pra levar água de sobra
Pro rico se divertir!
* Poesia extraída do blog www.matematicadeaula.blogspot.com
3 comentários:
Lênin, na segunda estrofe complete com dois versos para compor o estilo poético de dez versos, assim:
É DE PERDER AS ESPERANÇAS
E QUERER FUGIR DAQUI
Lênin, faltou os dois últimos versos da segunda estrofe, assim:
É DE PERDER AS ESPERANÇAS
E FUGIR DESSE LUGAR
Transcrevo abaixo comentário do leito Antônio Renato:
"Caro colega,
È preciso dizer que a CAERN é uma empresa cheia de vícios. Em outros tempos já foi cabide de emprego, ajudando a projetar várias figuras políticas do estado. Esses políticos, seus sistemas e ramificações governam o estado e perpetuam essa caracteristica da empresa, num grau menor evidentemente: privilégios a certos funcionários, ineficiência administrativa, desprezo por setores socialmente menos prestigiado do ponto de vista financeiro, etc. É triste constatar que muitos dos nossos conterrâneos das comunidades atingidas ajudam a manter esse estado de coisas. Faz-se necessario denunciar essa realidade. Nosso povo deve assumir sua parcela de culpa, particulamente os da zona rural, por manter essa gente no poder há décadas."
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