De nada adiantou o alerta da sociedade norte riograndense de infectologia sobre o risco do avanço da gripe suína no estado com a realização do Carnatal. Nem mesmo o aumento do número de infectados e de mortes devido à doença sensibilizou as cifras milionárias do evento. Até sexta passada, eram cerca de 80 casos confirmados e 10 óbitos provocados pela gripe A. Por aqui, a vacina deveria estar acessível à população desde outubro, que é o período a partir do qual se verifica maior incidência sazonal do influenza. No entanto, nenhum desses indicativos foi capaz de motivar uma decisão contrária à realização do carnaval fora de época. Por se tratar de uma grande aglomeração de pessoas, a festa concorre para a expansão da doença no estado.
Embora se esperasse alguma medida de responsabilidade, o que se viu foi o esforço em simular um clima de tranquilidade a fim de que os foliões não frustrassem os organizadores do evento. A verdade é que o vírus se alastra de forma assustadora à sombra do discurso oficial e a rede de saúde pública não comporta os efeitos de uma epidemia. Novamente a população carente será a maior prejudicada.Desta vez, para satisfazer a vontade do capital, contra quem neste mundo poucos ousam desafiar. Como se percebe, a lógica que permeia as decisões políticas (a omissão é uma delas) quase sempre relega a vida à importância menor face ao lucro e ambição das pessoas.
Um comentário:
Sem dúvida, a Escola Cel. Solon está em boas mãos.
Parabés Simone e sucesso nessa sua nova empreitada!
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