A fiscalização do trânsito posta em prática pela Polícia Militar de Grossos tem sido objeto de muita polêmica. No centro do debate está, entre outras medidas, o uso obrigatório do capacete para os motociclistas. Embora esta regra tenha previsão legal e seja de conhecimento de todos, a sua cobrança é a novidade maior. Por isso a grande repercussão do assunto, que na última quinta (dia 11/11) bateu as portas do legislativo em sessão bastante agitada.
Numa rara demonstração de exercício da cidadania, os populares lotaram as dependências do local onde os vereadores se reúnem provisoriamente. A partir deste fato, seria possível afirmar que está em curso na cidade uma mudança de atitude política por parte da população? De um dia pro outro, teriam as pessoas acordado mais politizadas? Certamente que não. Movimentos nesse sentido não são frutos de milagre ou passes de mágica. Demandam muito trabalho e sobretudo paciência, pois os resultados se verificam a médio e longo prazo.
No caso específico da celeuma criada em torno da atuação policial, o que motivou o público a participar ativamente da discussão não foi o interesse coletivo, mas fatores de ordem pessoal. Cada um se sentiu prejudicado no seu direito de ir e vir, porquanto se viram compelidos a expressar seu juízo de reprovação no intento de desqualificar as ações da polícia. É neste ponto que reside a explicação para a numerosa platéia presente ao evento.
Como se percebe, essa súbita preocupação pelos “problemas” da cidade se resume a um fato isolado. Até porque, em nada sendo feito, para todas as outras questões de ordem pública (saúde, educação, combate a corrupção, etc) os munícipes devem permanecer como se encontram hoje: politicamente “ANESTESIADOS” e incapazes de reagir aos desmandos de quem os representa no poder. Infelizmente.
Um comentário:
Em partes concordo com o colega quando se refere a participação da população com os assuntos da cidade. Mas as mudanças de atitudes começam com pequenos movimentos como esse. Um hoje outro amanhã, e assim podemos leva-los a entenderem que sem a participação da sociedade pouca coisa acontece.
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