O calar das vozes que se faz ouvir!
Uma espécie de pacto do silêncio rege a relação entre Executivo e Legislativo grossenses. Os dois poderes raramente expõem suas diferenças de modo que a ausência de debate norteia os trabalhos da Câmara Municipal. Esta é quase uma extensão da Prefeitura, pois não oferece resistência aos caprichos do governo local.
Como não pensa por si e não tem vida própria, a Casa do Povo não consegue sequer determinar quais assuntos são mais urgentes para se tratar, uma vez que até isso é determinado pelo Palácio José Marcelino.
Se voltarmos um pouco no tempo teremos uma noção mais clara do que estou afirmando. Basta lembrar da compra de um veículo de mais de R$ 100 mil para o gabinete do prefeito no final de 2009. A proposta transitou pela Câmara e foi rapidamente aprovada. E vale ressaltar que à época já se alardeava o estado permanente de crise das finanças do Município.
Agora, avalie a postura dos mesmos vereadores diante da falta d'água na zona rural de Grossos. Se por um lado eles entenderam as razões do chefe do executivo para não pagar logo um débito de R$ 30 mil com a Caern, por outro, concluíram que a pessoas prejudicadas podiam sim esperar cerca de três meses pelo fim do desabastecimento. Dessa forma, se solidarizaram com o prefeito em detrimento do povo. Tudo para não violar o acordo entre os poderes que retira da cumplicidade o silêncio necessário à sua vigência por tempo indeterminado.
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